Durante a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, a polícia descobriu uma verdadeira fortaleza montada para proteger o traficante Edgar Alves Andrade, o “Doca”, apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV).
De acordo com informações da CNN Brasil, cerca de 70 homens armados faziam a segurança de Doca no momento em que as forças de segurança chegaram à comunidade. Mesmo com o cerco, o criminoso conseguiu escapar.
“Para se ter uma ideia da importância do Doca, pelo menos 70 criminosos faziam a segurança dele durante a operação”, afirmou o analista Leandro Stoliar.
A ação, considerada a mais letal da história do Rio, deixou pelo menos 119 mortos, segundo dados da Secretaria de Segurança. O foco era cumprir 100 mandados de prisão contra membros do CV, incluindo Doca e outros líderes conhecidos como Carlos da Costa Neves (Gadernau) e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW).
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🧱 Estrutura de guerra e treinamento de guerrilha
Fontes policiais afirmam que os criminosos recebem treinamento de guerrilha, o que dificulta a entrada das equipes nas áreas dominadas. Para alcançar o chefe da facção, é preciso ultrapassar várias barreiras de seguranças fortemente armados.
Além disso, a operação foi planejada em menos de 24 horas, o que teria aumentado o efeito surpresa — mas também o risco e a intensidade dos confrontos.
💰 Recompensa e caçada
O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem ao paradeiro de Doca — o mesmo valor que já foi pago no passado por informações sobre Fernandinho Beira-Mar quando ele fugiu para a Colômbia.
Enquanto as forças de segurança seguem as buscas, o episódio expõe a força e a organização militar do tráfico no Rio, e como as comunidades acabam presas entre o confronto e o medo diário.
