A história parece roteiro de série policial, mas é real — e chocante.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga Ana Paula Veloso Fernandes, presa por suspeita de ter matado Neil Corrêa da Silva em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Só que esse pode não ter sido o único crime.
De acordo com as investigações, Ana Paula pode estar ligada a outros três homicídios em São Paulo, todos com a mesma assinatura: veneno.
Durante buscas na casa da suspeita, em Guarulhos (SP), os agentes encontraram terbufós, um agrotóxico considerado letal — embora menos potente que o chumbinho.
Segundo a polícia, Ana Paula viajou ao Rio a mando de Michele Paiva da Silva, filha de Neil, que teria financiado a viagem para matar o próprio pai.
O caso, que começou com a suspeita de feijoada envenenada, se transformou em um dos episódios mais sombrios do ano.
O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou a denúncia por quatro homicídios qualificados, envolvendo as vítimas:
- Marcelo Hari Fonseca
- Maria Aparecida Rodrigues
- Neil Corrêa da Silva
- Hayder Mhazres
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Os crimes teriam ocorrido entre janeiro e maio de 2025.
A Justiça descreveu Ana Paula como uma “verdadeira serial killer”, destacando o uso de veneno e a frieza com que ela teria agido. Para tentar despistar a polícia, ela chegou a inventar histórias falsas, como a de um bolo envenenado, e até enviou mensagens ameaçadoras para si mesma.
A prisão preventiva foi decretada em 4 de setembro, e segundo o juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, a liberdade de Ana Paula “representa risco à ordem pública” — já que ela transitava por diversas cidades, manipulando informações e confundindo as investigações.
