A máquina pública dos Estados Unidos parou à meia-noite desta quarta (1º). Isso porque o Congresso americano não conseguiu aprovar o orçamento de 2026, e agora o governo Trump entra num novo shutdown — uma paralisação em que vários serviços e departamentos federais simplesmente travam.
👉 O resultado imediato? Centenas de milhares de servidores ficam sem receber, projetos param e a economia norte-americana começa a sentir o baque. Da última vez que isso rolou, ainda no primeiro mandato de Trump, foram 35 dias de paralisação e um prejuízo de US$ 3 bilhões.
Mas calma: o impacto não fica só nos EUA. O resto do mundo, inclusive o Brasil, já começa a sentir os efeitos.
O que muda no Brasil
O dólar tende a disparar no primeiro momento, já que investidores correm para ativos considerados mais seguros em períodos de crise. Isso pressiona o real, que perde força.
Por outro lado, como avalia a economista Cristiane Quartaroli, se o mercado interpretar o shutdown como um sinal de “bagunça política” nos EUA, pode rolar um movimento contrário: saída de capital americano e busca por alternativas em outros países. Nesse cenário, o Brasil poderia até se beneficiar via exportações e commodities.
Já para as empresas brasileiras, o cenário é de aperto: crédito mais caro, investidores mais seletivos e menos espaço para manobras financeiras.
Siga o Jovem na Mídia nas redes sociais do Instagram e Facebook para não perder nada!
E lá nos EUA?
Dentro de casa, os americanos também não escapam. Sem orçamento aprovado, departamentos federais reduzem ou param atividades, funcionários deixam de receber e o consumo interno perde fôlego.
Economistas calculam que o PIB dos EUA pode cair em média 0,1% por semana de shutdown. Se o impasse durar, o impacto pode ser pesado.
Pra piorar, o governo fica sem divulgar dados econômicos cruciais, como o relatório de empregos, deixando o Federal Reserve no escuro sobre os rumos da política de juros.
Em resumo
O shutdown nos EUA é muito mais do que uma guerra política em Washington:
- Afeta diretamente o bolso dos americanos.
- Pressiona o dólar e mexe no câmbio no mundo inteiro.
- Pode complicar o acesso a crédito e investimentos no Brasil.
- E ainda traz incerteza sobre os rumos da economia global.
Se for rápido, pode passar como “susto”. Mas se durar semanas, o efeito pode ser bem maior — e o Brasil, como sempre, sente a onda.