Nesta quinta-feira (11), a ministra Cármen Lúcia será a quarta a votar na Primeira Turma do STF sobre a condenação ou absolvição de Jair Bolsonaro e outros sete ex-aliados acusados de planejar um golpe de Estado.
A Turma é formada por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e a própria Cármen Lúcia. A expectativa é que o voto da ministra acompanhe Moraes e Dino, com penas mais severas, enquanto Zanin deve apresentar um voto intermediário.
Breve histórico de Cármen Lúcia 📚
- Idade: 70 anos
- Naturalidade: Montes Claros, Minas Gerais
- Formação: Direito pela PUC Minas, mestre em Direito Constitucional pela UFMG, onde também é professora titular
Desde 2006, ela integra o STF, indicada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2024, assumiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o biênio 2024-2026.
Carreira antes do STF ⚖️
- Procuradora do estado de Minas Gerais (1983)
- Membro das Comissões de Estudos Constitucionais da OAB (1990-2006)
- Procuradora-geral de Minas Gerais (2001), indicada por Itamar Franco
- Vice-presidente da Comissão de Temário da Conferência Nacional dos Advogados
Comando das Cortes 🏛️
- Presidente do TSE (2009-2013)
- Presidente do STF e do CNJ (2016-2018)
- Autora de diversas obras jurídicas
- Membro honorário do IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros)
Papel no julgamento de Bolsonaro 🗳️
O voto de Cármen Lúcia pode ser decisivo para a condenação do ex-presidente e consolidar a responsabilidade pelos crimes relacionados à tentativa de golpe em 2023.
Enquanto Moraes e Dino já votaram pela condenação, Luiz Fux divergiu, absolvendo Bolsonaro e outros seis réus, mas condenando Mauro Cid e Walter Braga Netto. O voto de Cármen Lúcia deve definir se a maioria será formada pelo lado da acusação.