O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) em Brasília. A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão veio após uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) nas redes sociais, marcada para ocorrer nesta sexta-feira (21) em frente à casa onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. Moraes apontou que o ato poderia gerar tumulto e até facilitar uma possível tentativa de fuga. Também foi identificado risco de violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro.
O ministro determinou ainda que a audiência de custódia será realizada neste domingo (23), por videoconferência, diretamente da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. O ministro também ordenou atendimento médico contínuo ao ex-presidente.
A partir de agora, qualquer visita precisar ser previamente autorizada pelo STF – exceto as feitas por advogados ou pela equipe médica responsável pelo tratamento de saúde de Bolsonaro.
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Na véspera da prisão, a defesa do ex-presidente havia solicitado ao STF que Bolsonaro permanecesse em prisão domiciliar por motivos de saúde, alegando condições permanentes que exigiriam acompanhamento médico intenso. A intenção era evitar eventual transferência para o Complexo da Papuda, em Brasília.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo do Núcleo 1 da trama golpista, e as penas dos envolvidos podem começar a ser executadas nas próximas semanas.
Ele estava em prisão domiciliar desde agosto por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo, como usar tornozeleira eletrônica, evitar contato com autoridades estrangeiras, não ir a embaixadas e não acessar redes sociais – nem mesmo por terceiros.




