Um atentado à bomba dentro de uma mesquita deixou pelo menos cinco pessoas mortas e mais de 20 feridas nesta sexta-feira (26), na cidade de Homs, no oeste da Síria. A explosão aconteceu durante as orações de sexta, momento de maior concentração de fiéis, segundo autoridades locais.
De acordo com o Ministério do Interior sírio, o ataque atingiu a Mesquita Ali Ben Abi Taleb, frequentada pela minoria alauíta, no bairro de Wadi al-Dahab. O Ministério da Saúde confirmou o número inicial de vítimas e informou que os feridos foram levados para hospitais da região.
Imagens divulgadas pela agência estatal Sana mostram equipes de resgate e forças de segurança no interior da mesquita, com destroços espalhados pelo tapete de orações. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
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💣 O que causou a explosão?
Ainda não está claro se a detonação foi provocada por um atentado suicida ou por um artefato explosivo improvisado. A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), ONG com sede no Reino Unido que monitora o conflito no país.
⚠️ Contexto de violência e perseguição
Homs é uma cidade majoritariamente sunita, mas abriga bairros com forte presença alauíta — grupo religioso ao qual pertencia o ex-presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024 após uma ofensiva de grupos rebeldes islâmicos liderados por Ahmad al-Sharaa, atual presidente interino da Síria.
Desde a queda de Assad, a comunidade alauíta tem sido alvo recorrente de ataques, em meio ao aumento da instabilidade no país. Segundo uma comissão nacional de inquérito, 1.426 alauítas morreram em confrontos registrados em março, no oeste da Síria. O SOHR aponta um número ainda maior: mais de 1.700 mortos, a maioria civis.
🔎 Escalada recente
A violência não se limita a confrontos internos. No início deste mês, dois soldados dos Estados Unidos e um intérprete civil foram mortos no centro da Síria por um ataque atribuído a um suspeito ligado ao Estado Islâmico, grupo extremista sunita.
A explosão em Homs reforça o clima de instabilidade, perseguição religiosa e insegurança que segue marcando a Síria no período pós-Assad.
