O Afeganistão ainda tenta se reerguer da tragédia que já deixou mais de 2.200 mortos, quando dois novos tremores fortes atingiram o leste do país em menos de 12 horas. As réplicas, uma de magnitude 6,2 e outra de 5,4, reacenderam o pânico em comunidades que já perderam casas inteiras e vivem sob o risco de novos desastres.
Nas províncias de Nangarhar e Kunar, epicentros da crise, famílias passaram a dormir ao ar livre, em barracas improvisadas ou nas encostas das montanhas, por medo de voltar para construções frágeis de pedra e madeira que podem desabar a qualquer momento.
Ajuda que não chega rápido o suficiente
O cenário é crítico: o governo controlado pelo Talibã contabiliza mais de 3.600 feridos e a destruição de 6.700 casas. Ambulâncias correm para hospitais lotados, enquanto o acesso a vilarejos segue bloqueado por deslizamentos de terra.
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A ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pedem socorro internacional urgente — só a OMS estima precisar de US$ 4 milhões em recursos imediatos para garantir comida, água potável, medicamentos e abrigos temporários.
“Os sobreviventes estão em luta por necessidades básicas”, alertou uma das agências de ajuda humanitária na região.
Tremores que não param
Desde o terremoto mais mortal da semana, registrado no último domingo (1º) com magnitude 6, a terra não para de tremer. As réplicas interrompem os trabalhos de resgate e dificultam o transporte de suprimentos, já que estradas são bloqueadas por pedras e lama que deslizam das montanhas.
Especialistas explicam que a região do Hindu Kush, onde as placas tectônicas indiana e eurasiana se encontram, é uma das áreas mais propensas a terremotos no mundo. Para os afegãos, isso significa viver com a incerteza diária de quando será o próximo abalo.
👉 Em meio ao frio intenso e à destruição, milhares de famílias esperam apoio para sobreviver. Enquanto isso, o medo continua: será que o pior já passou ou novos tremores ainda estão por vir?