A notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado atravessou fronteiras e ganhou destaque na imprensa internacional. O julgamento histórico — decidido por 4 votos a 1 — também atingiu sete aliados do ex-presidente, acusados de integrar a trama para impedir a posse de Lula em 2023.
O que a mídia estrangeira está dizendo
- The New York Times (EUA): colocou a notícia em destaque na capa e destacou que ministros do STF viram Bolsonaro como líder de uma conspiração para se manter no poder.
- The Guardian (Reino Unido): foi direto ao ponto — “Bolsonaro considerado culpado de conspiração para golpe militar”, apontando que ele pode passar décadas preso.
- Le Monde (França): chamou atenção para o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia e descreveu Bolsonaro como chefe de uma “organização criminosa” que buscava manter o poder à força.
- The Washington Post (EUA): também abriu espaço de capa para a condenação.
- El País (Espanha): classificou a decisão como um “passo transcendental contra a impunidade”, lembrando que Bolsonaro, de 70 anos, foi condenado por “liderar uma conspiração golpista”.
- Clarín (Argentina): destacou que Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de prisão.
- Página 12 (Argentina) e Reuters também repercutiram a decisão.
- No Oriente Médio, a Al Jazeera trouxe o julgamento como manchete.
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Quem mais foi condenado
Além de Bolsonaro, a lista inclui:
- Walter Braga Netto (general e ex-ministro)
- Augusto Heleno (general e ex-chefe do GSI)
- Paulo Sérgio Nogueira (general e ex-ministro da Defesa)
- Almir Garnier (almirante e ex-comandante da Marinha)
- Mauro Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens)
- Anderson Torres (delegado da PF e ex-ministro da Justiça)
- Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal)
Ramagem pegou penas mais leves porque respondeu apenas a três dos cinco crimes denunciados pela PGR.
O próximo passo
O cálculo das penas (a chamada dosimetria) ainda está em andamento, mas pode chegar a 30 anos de prisão em regime fechado. Enquanto isso, Bolsonaro segue em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
O único voto divergente foi do ministro Luiz Fux, que pediu absolvição para a maioria dos acusados e penas menores para Mauro Cid e Braga Netto.