O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) causou polêmica nas redes nesta quinta-feira (18) ao pedir publicamente que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, revogue a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Mas o que mais chamou atenção foi o trecho em que ele sugere que Trump aplique sanções contra autoridades brasileiras. A publicação, que já somava mais de 70 mil visualizações, foi apagada pouco depois.
O que dizia o post?
Na postagem, Flávio escreveu:
“O justo seria @realDonaldTrump suspender a taxa de 50% sobre importações brasileiras e meter sanção individual em quem persegue cidadãos e empresas americanas, viola liberdades, usa o cargo público para violar direitos humanos e implodir a democracia de um país para satisfazer seu próprio ego.”
A frase gerou repercussão imediata, principalmente por sugerir apoio a sanções estrangeiras contra agentes públicos do próprio Brasil — algo que muitos consideraram grave e controverso.

Apagou, mas o print ficou
Apesar de ter deletado a publicação pouco depois, prints do post viralizaram nas redes. Questionada pela imprensa, a assessoria do senador respondeu de forma evasiva, dizendo apenas que “ele achou melhor tirar”, já que “já havia uma publicação anterior”.
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Contexto político
A declaração surge em meio a uma sequência de desgastes para a família Bolsonaro:
- Jair Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do STF, em meio a investigações sobre tentativa de golpe.
- Alexandre de Moraes, ministro do STF, citou Flávio e Eduardo Bolsonaro como figuras que tentam interferir no Judiciário.
- No campo econômico, o governo Trump (atualmente em campanha pela reeleição) anunciou tarifas de até 50% sobre certos produtos brasileiros, o que atinge diretamente exportadores do Brasil.
Impacto e repercussão
A atitude de Flávio foi vista por especialistas como um movimento para:
- Ganhar apoio internacional junto à ala trumpista nos EUA;
- Reforçar a narrativa de “perseguição” usada por Jair Bolsonaro;
- Pressionar economicamente o atual governo brasileiro, mesmo que de forma indireta e externa.
Mas, ao sugerir sanções de um país estrangeiro contra autoridades brasileiras, o tiro pode ter saído pela culatra.