O Caribe enfrenta um cenário de devastação após a passagem do Furacão Melissa, uma das tempestades mais poderosas registradas no Atlântico em mais de 150 anos.
Segundo as autoridades locais, ao menos 30 pessoas morreram e milhares estão desabrigadas depois que o fenômeno atingiu em cheio Jamaica, Cuba, Bahamas, Haiti e República Dominicana.
Destruição e caos
Com ventos de até 298 km/h, o Melissa chegou à categoria 5 — o nível máximo da escala — e provocou inundações, desabamentos e apagões em várias ilhas do Caribe.
Na Jamaica, a tempestade foi descrita como “a pior do século”. O primeiro-ministro Andrew Holness declarou estado de calamidade pública e afirmou que o país enfrenta “danos severos e uma situação extremamente difícil”.
Mais de 140 mil pessoas ficaram isoladas e 77% do país está sem energia elétrica.
Em Cuba, cerca de 735 mil pessoas precisaram deixar suas casas antes da chegada do furacão. O presidente Miguel Díaz-Canel confirmou “danos significativos” em casas, plantações e estradas.
Nas Bahamas, o cenário também é crítico, com milhares de moradores desalojados e voos cancelados durante a passagem do fenômeno.
O Haiti, que já sofre com crises políticas e humanitárias, registrou 23 mortos e 13 desaparecidos, incluindo 10 crianças vítimas de enchentes na cidade de Petit-Goâve.



Uma tempestade histórica
O Furacão Melissa se formou rapidamente: em menos de 48 horas, passou de uma simples tempestade tropical a um furacão de categoria 5, impulsionado pelas águas quentes do Caribe e pelos ventos em altitudes elevadas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Melissa empatou com outros quatro furacões como a segunda tempestade mais forte já registrada no Atlântico desde 1851.
“Para a Jamaica, essa foi certamente a tempestade do século”, afirmou Anne-Claire Fontan, especialista em ciclones tropicais da OMM.
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Ajuda internacional
Países de todo o mundo já estão se mobilizando para ajudar na reconstrução.
O Reino Unido anunciou um pacote de £2,5 milhões (cerca de R$ 17 milhões) em ajuda humanitária.
A China enviou kits de emergência, e os Estados Unidos despacharam equipes de busca e resgate, além de alimentos, suprimentos médicos e abrigos temporários.
O governo jamaicano também lançou um site oficial de emergência com informações sobre áreas alagadas, estradas bloqueadas e locais de abrigo.
O espírito caribenho resiste
Mesmo diante da tragédia, líderes locais reforçam a mensagem de esperança.
“Apesar das dificuldades, o espírito jamaicano se destaca. Somos uma nação resiliente, capaz de superar qualquer adversidade”, escreveu o premiê Andrew Holness nas redes sociais.
💬 Uma tempestade histórica, um povo forte.
O Caribe agora tenta se reerguer após o Furacão Melissa — e o mundo assiste à reconstrução de comunidades que resistem à força da natureza.



