O mundo da moda se despede de um verdadeiro ícone. Giorgio Armani, fundador da grife que leva seu nome, morreu nesta quinta-feira (4/9), aos 91 anos. Conhecido como o “Rei Giorgio”, o estilista italiano construiu um império do luxo que vai muito além da passarela.
“Sr. Armani faleceu pacificamente, cercado por seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções e aos novos projetos”, comunicou a marca.
De Placentia para o mundo
Nascido em 11 de julho de 1934, na província de Placência, Itália, Giorgio começou estudando medicina e ainda passou pelo exército antes de mergulhar de vez no universo da moda. Na década de 1960, trabalhou em grifes como Nino Cerutti e Emanuel Ungaro, mas foi em 1975, ao lado do amigo Sergio Galeotti, que fundou sua própria marca.
Com um estilo minimalista, elegante e muitas vezes andrógino, Armani revolucionou a alfaiataria e quebrou padrões de gênero, conquistando fãs pelo mundo inteiro.
Expansão e inovação
Nos anos 1980, Armani expandiu a marca internacionalmente, criando linhas como Emporio Armani e Armani Exchange, além de perfumes e acessórios. A alta-costura chegou em 2005 com a Armani Privé, voltada para peças sob medida e exclusivas.
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O estilista era crítico do fast fashion e defensor de roupas de alta qualidade e durabilidade. Em 2000, ele disse à Harper’s Bazaar:
“A chave é criar roupas à prova do tempo, mais elegantes e relevantes por anos, não apenas meses. As pessoas deveriam investir em algo com valor e durabilidade.”
Celebridades e influências
Giorgio Armani construiu parcerias duradouras com estrelas como Michelle Pfeiffer, Beyoncé, Lady Gaga, Cristiano Ronaldo, Rihanna e muitas outras. Seu toque sofisticado marcou passarelas, tapetes vermelhos e red carpets ao redor do mundo.
Um império que vai além da moda
Além das roupas, Armani comandava um grupo que inclui hotéis, restaurantes, móveis, decoração e até um museu, o Armani Silos. Até o fim da vida, ele manteve a marca independente, sem integrar conglomerados de moda como LVMH ou Kering. O sucessor ainda não foi confirmado, mas rumores apontam para Leo Dell’Orco, braço direito do estilista.
Despedida e homenagens
Após o anúncio da morte, fãs, amigos e celebridades celebraram o legado do designer nas redes sociais. O velório será privado, conforme o desejo de Armani, mas sua influência na moda e no luxo permanecerá eterna.