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quinta-feira, outubro 30, 2025

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“Muro do Bope”: PM explica Estratégia usada para empurrar Suspeitos durante Megaoperação no Rio

A megaoperação policial realizada na terça (28) nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com 119 mortos, teve uma tática polêmica das forças de segurança: a criação do chamado “Muro do Bope”.

Segundo o secretário da Polícia Militar, Marcelo Menezes, a estratégia consistia em empurrar criminosos armados para uma área de mata, onde equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estavam posicionadas.

“Os narcoterroristas buscaram refúgio na área de mata. Criamos o que chamamos de ‘Muro do Bope’, posicionando nossos agentes em pontos estratégicos da Serra da Misericórdia para impedir a fuga e empurrar os suspeitos para o alto”, explicou Menezes.

A operação, que mobilizou mais de 2.500 policiais militares, é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, superando até o Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, em São Paulo.

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⚠️ O plano e a justificativa

Durante a coletiva, Menezes negou que a ação tenha sido improvisada. Ele afirmou que a região foi mapeada com antecedência e que as incursões começaram simultaneamente em diferentes comunidades.

O secretário defendeu que o cerco teve como objetivo proteger moradores e garantir o interesse público. Segundo ele, os suspeitos tinham “a opção de se render”, e vários acabaram presos durante o confronto.

💬 Reações e polêmica

O governador Cláudio Castro (PL) classificou a operação como “um sucesso” — apesar dos 119 mortos. “Tirando a vida dos policiais, a operação foi um sucesso”, declarou.

A frase gerou repercussão negativa nas redes sociais e entre organizações de direitos humanos, que apontam excesso de força e descontrole durante a ação.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o presidente Lula ficou “estarrecido e surpreso” com o número de vítimas. Lewandowski também desmentiu Castro, dizendo que não houve pedido formal do governo do Rio por apoio das Forças Armadas.

🚨 O saldo da megaoperação

Segundo o governo estadual, 119 pessoas morreram — 58 durante o dia da operação e outras 61 encontradas em uma área de mata na quarta (29).
A Defensoria Pública do Rio, no entanto, fala em mais de 130 mortos.

A ação, que durou mais de 12 horas, deixou moradores feridos, escolas e postos de saúde fechados e ruas bloqueadas por barricadas. Relatos de moradores descrevem “cheiro de corpos” pela comunidade e cenas de desespero.

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