O Conselho de Segurança da ONU deu aval, nesta segunda-feira, ao plano apresentado pelos Estados Unidos para criar uma Força Internacional de Estabilização (ISF) em Gaza — uma medida temporária que busca reorganizar o território após dois anos de conflito intenso entre Israel e o Hamas.
A resolução passou com 13 votos favoráveis, enquanto China e Rússia se abstiveram, evitando veto direto.
O que muda com a nova resolução
O texto aprovado autoriza duas estruturas centrais para o futuro imediato de Gaza:
1) Conselho de Paz
Uma espécie de administração de transição para governança e reconstrução do enclave.
Segundo o plano de Washington, esse conselho seria liderado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e teria o papel de supervisionar:
- governança temporária,
- reconstrução e obras de infraestrutura,
- desenvolvimento econômico,
- distribuição de ajuda humanitária.
A projeção é que essa administração funcione até 31 de dezembro de 2027, podendo ser renovada.
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2) Força Internacional de Estabilização (ISF)
Seria responsável por “segurar” o território enquanto a nova estrutura política é construída. Entre as funções previstas estão:
- garantir a segurança das fronteiras,
- proteger civis,
- facilitar a entrada de ajuda humanitária,
- acompanhar a criação e treinamento de uma nova força policial palestina,
- supervisionar o desarmamento permanente do Hamas e outros grupos armados.
A atuação da ISF será conjunta com Israel e Egito, num primeiro período de dois anos.
Ponto sensível: o futuro Estado palestino
O texto menciona a possibilidade de um Estado palestino, algo que já era esperado em negociações internacionais — mas que despertou reação imediata de Israel, que segue contrário à solução de dois Estados.
E a Rússia?
Moscou apresentou sua própria proposta de resolução, também voltada ao futuro de Gaza. O texto alternativo ainda está em análise e não há previsão de votação.




