A partir desta sexta-feira (15), o SUS começa a oferecer um novo exame para o rastreamento do câncer de colo do útero: o teste de DNA-HPV. A tecnologia promete mudar a forma como a prevenção é feita no Brasil, sendo mais eficaz que o tradicional papanicolau.
👉 O grande diferencial é que ele identifica 14 tipos do vírus HPV antes mesmo do surgimento de lesões ou sintomas, permitindo diagnóstico precoce e reduzindo procedimentos desnecessários.
Por que esse exame é diferente?
- Maior precisão: consegue detectar o vírus em estágios iniciais, mesmo em mulheres assintomáticas.
- Mais tempo entre coletas: se o resultado for negativo, o intervalo pode ser de até cinco anos.
- Acesso ampliado: facilita o rastreamento em áreas remotas, garantindo equidade no atendimento.
Segundo o Ministério da Saúde, isso traz eficiência, economia e mais chances de salvar vidas.
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Como é feita a coleta?
O processo é bem parecido com o do papanicolau: a secreção do colo do útero é coletada durante exame ginecológico.
👉 A diferença é que, em vez de ir para uma lâmina, o material vai para um tubo com líquido conservante, onde os laboratórios fazem a análise do DNA do vírus.
O papanicolau não vai desaparecer, mas será usado apenas como exame complementar quando o DNA-HPV apontar resultado positivo.
Onde já está disponível?
Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz), o teste será implementado primeiro em:
📍 Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Distrito Federal.
Inicialmente, apenas um município por estado vai receber a tecnologia, mas o plano é expandir. A meta é que até dezembro de 2026 o exame esteja disponível em todo o Brasil, beneficiando cerca de 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos todos os anos.
O impacto na saúde da mulher 💜
- O HPV é a principal causa do câncer de colo do útero, que é o 3º mais incidente em mulheres no país, com cerca de 17 mil novos casos por ano.
- Esse tipo de câncer mata cerca de 20 mulheres por dia no Brasil — sendo o que mais causa mortes femininas no Nordeste.
- A OMS classifica a testagem de HPV como padrão ouro na prevenção e defende sua adoção global até 2030 para reduzir a doença como problema de saúde pública.
