A trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, se transformou em cenário de tensão, angústia e uma das missões de resgate mais complexas dos últimos tempos. Juliana Marins, jovem de Niterói (RJ), caiu em um penhasco do vulcão no sábado (21), durante uma trilha. Desde então, equipes de resgate enfrentam um verdadeiro pesadelo logístico para alcançá-la.
Pra você ter ideia do tamanho do desafio: os socorristas precisam descer o equivalente à altura do Morro do Corcovado — aquele mesmo, do Cristo Redentor — pela encosta íngreme do vulcão. E ainda assim, talvez não seja suficiente.
Quarto dia de buscas: o que se sabe?
Nesta terça-feira (24), completa-se o quarto dia de buscas. Segundo o perfil oficial criado pela família de Juliana para concentrar as informações, os socorristas já desceram 400 metros pela encosta, mas o ponto onde ela está parece estar ainda mais distante — cerca de 650 metros abaixo. Há suspeitas de que ela possa ter escorregado até 950 metros, o que seria praticamente um Corcovado somado ao Pão de Açúcar.

Entenda os números dessa missão quase impossível:
- O Monte Rinjani tem 3.726 metros de altitude.
- A queda aconteceu por volta dos 3.100 metros.
- Juliana foi vista, inicialmente, a 300 metros encosta abaixo.
- Com o deslocamento pelo penhasco, estima-se que ela esteja até 950 metros mais abaixo.
Parque fechado, drones no ar e resgate sem turistas
Para intensificar o resgate, as autoridades indonésias fecharam temporariamente a trilha para o cume do Rinjani, justamente para impedir que turistas atrapalhem os trabalhos e para garantir mais agilidade.
A operação está usando drones, equipamentos de escalada e, segundo a família, até helicóptero e furadeiras podem entrar em cena para tentar alcançar a brasileira.
Informação errada e vídeos forjados
Desde o acidente, circularam informações de que Juliana teria recebido água, comida e abrigo térmico. Mas a família desmentiu: “Não conseguiram chegar até ela ainda. As cordas não eram suficientes e a visibilidade estava muito baixa”, explicou Mariana, irmã da jovem. Ela também afirmou que vídeos divulgados como se mostrassem o momento do resgate foram forjados.
O que realmente aconteceu na trilha?
De acordo com Mariana, Juliana estava com um grupo de 5 pessoas e um guia local. No segundo dia de caminhada, a jovem disse estar cansada. O guia, então, orientou que ela descansasse… e simplesmente seguiu sozinho.
“Ela ficou lá sozinha. Abandonaram a Juliana”, afirmou a irmã.
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local), por turistas que usavam um drone. Essas imagens são reais e mostram a jovem caída no meio da trilha.
Quem é Juliana?
Juliana Marins é formada em Publicidade pela UFRJ e também atua como dançarina de pole dance. Apaixonada por viagens, ela compartilhava registros e paisagens em suas redes sociais — onde a última atualização interrompeu abruptamente a aventura.
O Itamaraty informou que dois representantes da Embaixada do Brasil na Indonésia estão acompanhando o caso de perto.
Seguimos acompanhando essa história com esperança.
Você também pode ajudar: compartilhe informações apenas de fontes confiáveis e evite espalhar fake news. A família de Juliana precisa de apoio, não de boatos.
E aí, o que você acha da operação de resgate? Deveria haver mais preparo dos guias em trilhas como essa? Comenta com a gente!