Fazer medicina no Brasil é o sonho de muita gente, mas também pode ser um desafio gigante por causa dos custos. Pra mudar essa realidade, o governo federal acaba de anunciar um novo Programa de Bolsa Permanência no Mais Médicos (PBP-PMM), que vai garantir uma ajuda de custo mensal para estudantes de baixa renda matriculados em cursos de medicina credenciados pelo programa.
Quem pode receber?
Pra entrar no programa, o estudante precisa:
- Estar no Cadastro Único (CadÚnico) atualizado;
- Ser bolsista integral no caso de faculdades particulares;
- Estar matriculado em um curso de medicina credenciado pelo Mais Médicos;
- Ter renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa (R$ 2.277 em 2025);
- Não ter concluído outro curso superior;
- Não receber outra bolsa permanência federal (como a das universidades federais).
Como se cadastrar
O processo é feito pelo SISBP, o Sistema de Gestão da Bolsa Permanência. O estudante precisa entrar com sua conta Gov.br, enviar documentos que comprovem renda e matrícula, além de assinar um termo de compromisso.
Seleção e prioridade
Quem faz a seleção são as próprias universidades e faculdades. O critério principal é a menor renda per capita. Dentro de cada faixa de renda, terão prioridade os alunos que fizeram ensino médio em escola pública e, nas federais, quem entrou pelo sistema de cotas sociais.
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Valor da bolsa
O valor exato ainda será definido, mas não pode ser menor do que a bolsa de iniciação científica — hoje em R$ 700. O estudante pode acumular esse auxílio com outras bolsas, desde que o total não passe de 1,5 salário mínimo por mês. O pagamento será feito diretamente pelo FNDE.
Quando pode perder a bolsa
O benefício pode ser suspenso ou cancelado se o estudante:
- Trancar ou suspender a matrícula;
- Perder a bolsa integral na faculdade particular;
- Mudar de curso ou instituição;
- Não atingir aprovação mínima em 75% das disciplinas;
- Ultrapassar dois semestres além do prazo previsto do curso;
- Receber outra bolsa de permanência federal;
- Apresentar documentos falsos.
Por que isso importa
A medida busca segurar os alunos de baixa renda até o fim do curso de medicina, já que esse é um dos cursos mais longos, caros e exigentes do país. A ideia é ampliar a formação de novos médicos, principalmente em regiões onde há carência de profissionais.