Um ataque a tiros que deveria nunca ter acontecido — ainda mais às vésperas do feriado mais familiar dos EUA — terminou com a morte da jovem Sarah Beckstrom, de 20 anos, integrante da Guarda Nacional. Ela e um colega foram surpreendidos em uma emboscada na última quarta-feira (26), nos arredores da Casa Branca, em Washington.
O caso abalou o país inteiro. O FBI abriu imediatamente uma investigação por terrorismo, após identificar que o ataque foi premeditado e direcionado aos militares que reforçavam a segurança na região durante o feriado de Ação de Graças.
Durante uma videoconferência com tropas americanas, o presidente Donald Trump lamentou a morte de Sarah, chamando o autor do ataque de “monstro”. Segundo ele, a jovem, natural da Virgínia Ocidental, não resistiu aos ferimentos. O presidente também relacionou o crime às medidas recentes que enviaram centenas de soldados da Guarda Nacional para reforçar o combate à criminalidade.
Quem é o atirador
As autoridades identificaram o suspeito como Rahmanullah Lakanwal, 29 anos, nascido no Afeganistão. Ele trabalhou com tropas americanas durante a guerra contra os talibãs e mudou-se para os EUA em 2021, após a retirada das forças norte-americanas. O histórico dele aumentou ainda mais o impacto político do caso.
O ataque desencadeou uma nova onda de debates sobre imigração. Trump anunciou a suspensão imediata da análise de pedidos de afegãos que tentam entrar no país e voltou a defender medidas mais rígidas. Segundo ele, os EUA precisam expulsar “qualquer estrangeiro que não traga benefícios ao país”.
Em seguida, o diretor dos Serviços de Cidadania e Imigração, Joseph Edlow, informou que o governo revisará o status migratório de imigrantes com green card de 19 países — incluindo Afeganistão, Cuba e Venezuela.
O episódio reacende discussões profundas sobre segurança interna, terrorismo e políticas migratórias nos EUA.



