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sexta-feira, agosto 1, 2025

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Ajuda humanitária em Gaza vira disputa de versões entre Israel e Hamas

Enquanto a Faixa de Gaza segue em colapso humanitário, a entrada de caminhões com ajuda virou motivo de mais uma tensão entre Israel e o grupo Hamas. No domingo (27), o governo israelense disse que 120 caminhões entraram no território, mas o Hamas contesta e afirma que foram apenas 73 — e que boa parte dessa ajuda nem chegou ao destino.

Segundo Israel, os suprimentos foram entregues e distribuídos por agências da ONU e outras organizações internacionais. Já o Hamas diz que muitos caminhões foram saqueados “com os drones israelenses assistindo tudo de camarote”, o que, segundo eles, seria uma tentativa clara de impedir que a ajuda chegasse aos civis.

Além disso, o grupo palestino aponta que a ajuda aérea enviada por Israel foi mínima: o equivalente a dois caminhões, e caiu em áreas de combate — ou seja, inacessíveis para quem mais precisa.

Trégua temporária?

Em meio a essa confusão, Israel anunciou uma pausa diária nos bombardeios em partes específicas de Gaza, entre 10h e 20h (horário local), com promessas de rotas seguras funcionando até as 23h. O governo de Netanyahu afirma que essa pausa serve para desmentir as acusações de que está provocando uma crise de fome proposital na região.

Mas segundo a Organização Mundial da Saúde, a situação por lá já ultrapassou o limite do insustentável. O bloqueio à entrada de alimentos e remédios levou a um surto de desnutrição grave. Desde o começo do ano, 74 pessoas morreram de fome, sendo 24 delas crianças com menos de cinco anos — e só neste mês foram 63 mortes.

Fome como arma de guerra?

Durante uma cúpula da ONU sobre segurança alimentar, o secretário-geral António Guterres fez um alerta direto: “A fome não pode ser usada como arma de guerra”. Ele citou os casos de Gaza e Sudão como exemplos urgentes da combinação explosiva entre conflito armado e colapso humanitário.

Conferência global tenta reviver a ideia dos dois Estados

Enquanto a guerra consome vidas e destrói cidades, líderes do mundo se reúnem em Nova York numa conferência da ONU com um objetivo ambicioso: voltar a discutir a criação de dois Estados, um palestino e um israelense, convivendo lado a lado em paz.

O encontro, que acontece entre os dias 28 e 29 de julho, é liderado por França e Arábia Saudita. A França, inclusive, promete reconhecer oficialmente o Estado Palestino em setembro — e quer convencer mais países a fazerem o mesmo.

Mas nem todos estão na mesma vibe: Estados Unidos e Israel estão fora do evento. Para o governo americano, a conferência é um “presente para o Hamas”. Já Israel afirma que o foco deveria ser a devolução dos reféns e a condenação internacional ao grupo extremista.

Entenda a treta: como chegamos até aqui?

O conflito atual explodiu em outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o sul de Israel, matou cerca de 1.200 pessoas e levou 250 reféns. Desde então, os ataques israelenses já deixaram quase 60 mil mortos em Gaza, segundo dados locais.

Mas a tensão entre palestinos e israelenses não é de hoje: a ONU discute o tema desde 1947, quando propôs a divisão da Palestina em dois Estados. Israel foi criado, os palestinos não aceitaram, e desde então o cenário é de guerra, negociações quebradas e milhões de refugiados.

Nos últimos anos, mais de 140 países já reconheceram a Palestina como Estado. Mas isso ainda não é suficiente para dar aos palestinos o status de “membro pleno” na ONU, principalmente por causa do veto dos EUA no Conselho de Segurança.

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E agora?

Com a ONU tentando puxar o freio, a França liderando uma pressão por reconhecimento internacional e a crise humanitária se aprofundando, o mundo observa: será que a ideia dos dois Estados ainda tem chance? Ou será só mais uma conferência pra inglês ver?

Enquanto isso, em Gaza, a urgência não é diplomática — é de sobrevivência.

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