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Ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, é condenado a mais de 11 anos de prisão por rebelião e conspiração

O ex-presidente peruano Pedro Castillo foi condenado na quinta-feira (27) a 11 anos e meio de prisão pelos crimes de rebelião e conspiração, após tentar dissolver o Congresso e assumir poderes excepcionais no fim de 2022 — uma manobra que fracassou e terminou em sua destituição imediata.

A decisão chega num momento em que o Peru segue mergulhado em tensões políticas e amplia a lista de ex-presidentes que acabaram atrás das grades nas últimas décadas.

Por que Castillo foi condenado

Castillo, que já estava preso preventivamente, foi considerado responsável pela tentativa de fechar o Congresso peruano em dezembro de 2022. A iniciativa não teve apoio das Forças Armadas, do Judiciário ou de outras instituições, e desencadeou protestos violentos em várias regiões pobres do país, que resultaram em dezenas de mortes.

Durante sua defesa no julgamento, o ex-presidente afirmou que apenas leu “um documento sem nenhuma consequência”, negando ter planejado um ato de rebelião. A promotoria havia pedido 34 anos de prisão, mas o tribunal estabeleceu a pena em menos da metade.

Crise política em série

A condenação ocorre um dia após outro ex-presidente, Martín Vizcarra, também ter sido preso por receber subornos quando era governador. O caso evidencia o ciclo de instabilidade que domina a política peruana: só desde 2018, o país teve seis presidentes, entre renúncias, quedas e escândalos de corrupção.

Castillo, um professor rural que assumiu a Presidência em 2021 após uma eleição acirrada, passou pouco tempo no cargo antes de enfrentar denúncias envolvendo familiares e aliados. Após sua destituição, quem assumiu foi sua vice, Dina Boluarte, posteriormente afastada pelo Congresso sob a acusação de “incapacidade moral”. O atual presidente é José Jerí, que deve completar o mandato até julho de 2026.

Outras condenações do caso

O julgamento iniciado em março também condenou pessoas próximas a Castillo:

  • Betssy Chávez, ex-primeira-ministra — 11 anos e meio;
  • Willy Huerta, ex-ministro do Interior — 11 anos e meio;
  • Aníbal Torres, assessor e ex-primeiro-ministro — 6 anos e 8 meses.

Betssy Chávez está asilada na embaixada do México em Lima. A crise diplomática envolvendo o caso levou o governo peruano a romper relações com o México, que também acolheu a esposa e os filhos de Castillo.

A prisão dos ex-presidentes

Castillo cumprirá pena na mesma unidade prisional que já recebeu outros líderes acusados de corrupção e crimes diversos, entre eles:

  • Alejandro Toledo – condenado a 20 anos
  • Ollanta Humala – condenado a 15 anos
  • Martín Vizcarra – condenado a 14 anos
  • Alberto Fujimori – libertado em 2023 após 16 anos preso, por perdão humanitário; morreu meses depois
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