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sexta-feira, setembro 5, 2025

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IA vai acabar com empregos em hotéis? Especialistas explicam o que vem por aí

A inteligência artificial já não é mais papo de futuro distante — ela está presente em quase tudo, e claro, também chegou à hotelaria. Ferramentas como ChatGPT e Google Gemini mostram como essa tecnologia cresce rápido: só em 2024, o mercado global foi avaliado em US$ 279 bilhões e deve bater US$ 1,8 trilhão até 2030. Mas a grande dúvida é: será que a IA pode roubar empregos no setor hoteleiro?

Onde a IA já está presente nos hotéis

De acordo com a pesquisa European Accommodation Barometer 2025, os hoteleiros já enxergam a IA como aliada em várias frentes:

  • atendimento ao cliente;
  • check-in e check-out;
  • reservas e gestão de preços;
  • marketing e prevenção de fraudes;
  • até em áreas operacionais, como limpeza e desperdício de alimentos.

Exemplo disso é a rede de luxo Mandarin Oriental, que usa IA para reduzir o desperdício de comida em hotéis de Miami, Dubai e Londres — economizando mais de US$ 200 mil em 2024. Já a Hilton tem usado a tecnologia para apoiar hóspedes com deficiência visual em reservas e serviços.

E o Brasil também entra no mapa: uma pesquisa da Booking.com mostra que 2 em cada 3 viajantes brasileiros pretendem usar IA para organizar viagens em 2025.

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Vai substituir gente de verdade?

Segundo Alexandre Panosso Neto, professor de Turismo da USP, alguns postos de trabalho realmente correm risco — principalmente os de tarefas repetitivas e padronizadas, como reservas, check-in e check-out. Mas ele reforça que não é o fim do mundo:

“A IA não deve ser vista só como ameaça, mas como transformação”.

Ou seja: áreas que dependem de contato humano, improviso e criatividade, como gastronomia, eventos e experiências do hóspede, seguem sendo insubstituíveis.

Rodrigo Teixeira, CEO da Asksuite (empresa de softwares para hotéis), lembra que quem não aprender a trabalhar com IA pode, sim, ficar para trás:

“Nos próximos 10 anos, quem não souber usar IA para gerar produtividade estará fora do mercado”.

E o Brasil?

Por aqui, o atendimento humano é um diferencial gigante. Pesquisas apontam que turistas estrangeiros valorizam o calor, a proximidade e a hospitalidade brasileira — algo que a máquina ainda não consegue entregar.

O desafio, segundo Panosso, é equilibrar inovação com essa marca registrada do Brasil.

Barreiras no caminho

Apesar do hype, a adoção da IA não é tão simples. Entre os obstáculos estão:

  • custos altos para implementação;
  • falta de internet de qualidade em algumas regiões;
  • carência de profissionais qualificados para operar a tecnologia.

Mas Teixeira diz que já há opções acessíveis: hotéis pequenos conseguem implementar IA a partir de R$ 300 por mês, e a instalação pode ser feita em menos de uma semana.

O que vem pela frente?

A tendência é que a IA não substitua empregos em massa, mas mude o perfil dos profissionais. A hotelaria deve exigir cada vez mais gente capacitada para usar a tecnologia a favor da experiência humana — que continua sendo o grande trunfo do setor.

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