Depois de quase dez anos tentando se reerguer, a Justiça do Rio de Janeiro decretou oficialmente a falência da Oi, uma das maiores empresas de telecomunicações da história do Brasil. A decisão, assinada nesta segunda-feira (10) pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial, encerra de vez um dos capítulos mais longos e turbulentos da economia nacional.
A magistrada apontou que a companhia está em “insolvência técnica e patrimonial”, acumulando cerca de R$ 1,7 bilhão em dívidas e com receita mensal que não passa de R$ 200 milhões — um cenário considerado inviável para qualquer tentativa de recuperação. Segundo a decisão, “a Oi é tecnicamente falida” e já não há meios de equilibrar as contas.
💰 Fim da recuperação e início da liquidação
Com a sentença, o processo de recuperação judicial iniciado em 2016 foi convertido em falência, e agora os ativos da empresa serão vendidos para pagar credores. A liquidação será conduzida pelo escritório Preserva-Ação, que já atuava como administrador judicial da companhia.
As operações da Oi continuam temporariamente, até que outras empresas assumam os serviços — medida essencial para evitar que milhões de brasileiros fiquem sem telefonia, internet ou acesso a números de emergência como 190, 192 e 193.
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⚖️ Bloqueios, críticas e um caixa esvaziado
A Justiça determinou ainda o bloqueio de recursos da V.tal, empresa de infraestrutura controlada pelo BTG Pactual, parceira da Oi. Segundo o despacho, parte do dinheiro destinado à V.tal estaria drenando o caixa da operadora.
Além disso, valores obtidos com a venda de ativos — como a operação móvel (hoje dividida entre Claro, TIM e Vivo) e a rede de fibra óptica — ficarão congelados até novo relatório financeiro.
A juíza foi direta: a Oi teria passado por uma “liquidação sistêmica”, sendo desmontada aos poucos durante o próprio processo de recuperação. A decisão também criticou a omissão do governo federal na condução da crise, chamando a falta de ação de “histórica e continuada”.
📞 De gigante nacional a símbolo de uma era que acabou
A Oi já foi sinônimo de telefonia brasileira. Criada para ser a “supertele nacional”, chegou a atender milhares de cidades e firmar contratos com o governo, forças de segurança e empresas públicas.
Mas os erros de gestão, fusões arriscadas e o colapso de seus antigos controladores — como o Banco Espírito Santo, em Portugal — acabaram levando a empresa ao colapso.
Mesmo após vender ativos bilionários, a operadora nunca conseguiu se recuperar totalmente. O lucro vinha mais da venda de pedaços da companhia do que da própria operação.
🧩 O último sinal da Oi
A decisão marca o fim de uma era — e levanta um alerta sobre o futuro da infraestrutura de telecomunicações no país. Agora, a Justiça busca garantir a continuidade dos serviços enquanto tenta preservar o pouco que restou de valor da companhia.
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