A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, anunciou a ampliação do programa Consultório na Rua (CnaR), iniciativa voltada para o atendimento à população em situação de rua. A ação conta agora com um veículo próprio para deslocamento das equipes e o reforço do quadro multiprofissional, permitindo a descentralização das atividades e a chegada do serviço a áreas mais distantes do município.
Com a nova estrutura, a equipe do CnaR terá condições de atuar em locais de difícil acesso, garantindo que pessoas em situação de vulnerabilidade não fiquem desassistidas. O grupo de profissionais é formado por médicos, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de enfermagem e agentes de ação social, assegurando uma abordagem integral e qualificada.
Atualmente, cerca de 480 usuários estão cadastrados no programa, que oferece consultas médicas, acompanhamento psicológico, orientações em saúde, encaminhamentos para a Rede de Atenção Psicossocial e suporte social. A expectativa é de que, com a expansão, o número de atendimentos aumente significativamente, consolidando o CnaR como referência regional no cuidado itinerante.
O secretário de Saúde de Maricá, Marcelo Velho, destacou a importância da iniciativa:
“O Consultório na Rua é um exemplo de cuidado que vai além da clínica, porque envolve escuta, acolhimento e presença nos territórios. Com essa ampliação, reafirmamos nosso compromisso em garantir saúde como um direito de todos, especialmente daqueles que mais precisam.”
A enfermeira Juliana Marins, integrante da equipe há nove anos, também ressaltou o impacto da medida:
“Com o novo veículo e a ampliação da equipe, conseguimos chegar a mais lugares e oferecer um atendimento ainda mais qualificado. É um passo importante para reduzir desigualdades e assegurar que a saúde chegue a todos.”
Estratégia nacional de inclusão
O Consultório na Rua é uma política pública do Sistema Único de Saúde (SUS) criada para garantir atendimento integral à população em situação de rua. De forma itinerante, o programa leva serviços de saúde diretamente aos territórios, combinando consultas médicas, suporte de enfermagem, acompanhamento psicológico e assistência social.
O modelo segue os princípios de acolhimento, humanização e integralidade, buscando reduzir vulnerabilidades e promover dignidade a uma população frequentemente invisibilizada.