O relator da PEC da Segurança, deputado Mendonça Filho (União-PE), afirmou à CNN Brasil que o texto original enviado pelo governo federal “não resolve o problema do crime organizado”.
Segundo ele, o texto final da proposta deve passar por mudanças significativas antes de ser votado.
“A PEC será uma resposta consistente às facções, mas terá mudanças significativas em relação ao texto do governo”, disse o parlamentar.
Pressa após a megaoperação no Rio
A fala de Mendonça vem dias após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 119 mortos e reacendeu o debate sobre o avanço das facções nas comunidades.
Para o relator, o episódio deu caráter de urgência à tramitação da proposta, considerada uma das principais apostas do governo na área de segurança pública.
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PEC pode ir à votação ainda em 2025
Mendonça Filho deve se reunir nesta quinta-feira (30) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para definir o cronograma da PEC.
A expectativa é que o parecer seja apresentado até o fim de novembro e a votação aconteça em dezembro.
Até lá, o deputado também deve se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para alinhar os ajustes finais no texto.
O relator fez ainda uma crítica ao governo federal, apontando que há “excesso de centralização” na condução da proposta.
🧠 Entenda o contexto
A PEC da Segurança busca mudar regras constitucionais para reforçar o combate ao crime organizado, facilitando a integração entre polícias estaduais, federais e forças armadas.
Mas especialistas já alertam que o desafio não é só jurídico — é estrutural: falta de inteligência, coordenação e investimento real em prevenção.



