A temperatura política em Washington voltou a subir. Depois de uma semana marcada por tensões internas, parlamentares republicanos estão pressionando a Casa Branca por respostas sobre dois ataques militares dos Estados Unidos contra um barco na costa da Venezuela, realizados no início de setembro.
A cobrança acontece porque, segundo reportagens divulgadas pelo Washington Post, uma das operações teria incluído uma ordem verbal para “eliminar todos a bordo” — algo que, se confirmado, poderia configurar violação das leis internacionais de conflito.
💥 O que a Casa Branca diz
A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, confirmou que dois ataques foram feitos e que ambos estavam dentro da lei, autorizados pelo secretário de Defesa Pete Hegseth.
Mas a polêmica estourou quando alguns parlamentares levantaram a hipótese de que o segundo ataque teria sido direcionado a sobreviventes, o que poderia ser considerado ilegal.
Hegseth negou com força total: chamou os relatos de “fabricados” e “inflamatórios” e disse não ter ordenado nenhuma operação extra.
Já o presidente Donald Trump afirmou que vai analisar o caso, mas disse acreditar “100%” na versão de seu secretário de Defesa.

🏛️ Pressão no Congresso
O assunto rapidamente virou alvo dos dois comitês que supervisionam o Pentágono — um no Senado e outro na Câmara.
Os presidentes dos painéis, Roger Wicker (republicano) e Mike Rogers (também republicano), se juntaram aos democratas Jack Reed e Adam Smith para iniciar uma investigação bipartidária.
O tom é de cautela, mas firmeza: todos dizem que querem uma “supervisão rigorosa” e um relato completo sobre o que realmente aconteceu no mar caribenho.
🌐 Um clima de desconfiança crescente
Esse é o segundo atrito entre republicanos e a Casa Branca em poucos dias. Na semana anterior, congressistas do próprio partido de Trump já haviam criticado o governo por sua condução do plano de paz para a Ucrânia — considerado por alguns como “favorável demais” à Rússia.
Agora, com um caso envolvendo operações militares sensíveis, a pressão interna aumenta e coloca o governo em posição defensiva.



