O jornalista Ulisses Campbell revelou detalhes da rotina de Robinho, ex-Santos e Seleção Brasileira, que cumpre pena no presídio de Tremembé, interior de São Paulo. Segundo Campbell, o jogador é tietado por visitantes e chegou a assumir o papel de treinador do time de futebol dos detentos, o chamado “Tremembé Esporte Clube”.
A revelação está no livro “Tremembé: O presídio dos famosos”, que será lançado em 1º de setembro.
Futebol atrás das grades
Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, Campbell contou que os jogos internos do presídio seguem um critério incomum:
“Eles têm o Tremembé Esporte Clube, que chega ao absurdo de formar times de ‘assassinos x estupradores’. Um desses times é treinado pelo Robinho.”
O jornalista explicou ainda que a presença de detentos famosos costuma gerar privilégios indiretos: reforço na segurança, maior circulação de pessoas e até benefícios para os demais presos.
Robinho e a rotina em Tremembé
Robinho está preso desde março de 2024, após a Justiça brasileira homologar a condenação da Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo cometido em 2013, quando o jogador atuava pelo Milan. A defesa recorre pedindo recálculo e redução da pena, mas o processo ainda está em análise.
Campbell afirmou que a chegada do ex-jogador aumentou em 30% o número de visitantes ao presídio, já que muitos familiares de presos querem ver de perto o ex-atleta — alguns chegam a pedir autógrafos em camisas do Santos.
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Tremembé, o presídio dos famosos
A Penitenciária Doutor Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, em Tremembé, ganhou fama por abrigar condenados de casos de grande repercussão. Por lá já passaram os irmãos Cravinhos (caso Von Richthofen) e o médico Roger Abdelmassih, além de nomes atuais como o empresário Thiago Brennand e Fernando Sastre, acusado de homicídio em acidente com uma Porsche.
Campbell, autor também da série “Mulheres Assassinas”, visitou diversas vezes o local para apurar histórias que compõem o livro. O trabalho inspirou ainda a série “Tremembé”, produção do Prime Video ainda sem data de estreia.
Relembre o caso
Robinho foi condenado na Itália após a Justiça considerar comprovada sua participação no estupro coletivo de uma jovem de 23 anos, em Milão. As interceptações telefônicas usadas no processo mostram o ex-jogador e amigos debochando do crime.
No Brasil, como a lei não permite extradição de cidadãos natos, o STJ decidiu pelo cumprimento da pena em território nacional, decisão confirmada pelo STF.
