A Rússia está investindo pesado em neurotecnologia para criar um dos projetos mais bizarros (e futuristas) da sua área militar: pombos com chips implantados no cérebro, controlados remotamente, capazes de fazer missões de espionagem sem chamar atenção.
O esquema foi revelado pelo jornal britânico The Sun e envolve uma tecnologia chamada “biodrone PJN-1”, criada pela empresa russa Neiry.
🧠 Como funciona o pombo “biodrone”?
Esses pombos não são treinados — são literalmente “hackeados”. A empresa realiza um procedimento cirúrgico para implantar eletrodos em regiões do cérebro responsáveis por orientação e motivação.
Depois disso, a ave recebe uma mini mochila com GPS, receptor de comandos e painéis solares.
A partir daí, o pombo passa a reagir aos estímulos enviados pelo operador, acreditando que está “escolhendo” a rota. Segundo a empresa:
- Ele pode ser guiado para virar à esquerda, direita, seguir em linha reta ou retornar;
- Os voos podem alcançar 500 km em 24 horas e mais de 3 mil km em uma semana;
- As aves podem carregar microcâmeras e sensores, sem levantar suspeita no ambiente urbano;
- A Neiry diz estar buscando 100% de sobrevivência no procedimento cirúrgico (a taxa atual não foi divulgada).
Com milhões de pombos circulando livremente na Rússia, esses “biodrones” se misturam facilmente aos comuns — e é justamente aí que mora o poder de espionagem.
🎯 Para que esses pombos seriam usados?
A Neiry afirma que as aves podem atuar em:
- Monitoramento militar em áreas de conflito;
- Espionagem silenciosa observando movimentos de tropas;
- Vigilância de instalações estratégicas;
- Monitoramento ambiental;
- Busca e resgate em locais de difícil acesso.
É um tipo de alternativa orgânica aos drones tradicionais — com a vantagem de não serem facilmente detectados.
🦅 Próximo passo: corvos, gaivotas e até albatrozes
O projeto não deve parar nos pombos. A empresa russa planeja expandir para:
- Corvos, capazes de carregar objetos mais pesados;
- Gaivotas, para missões costeiras;
- Albatrozes, para operações marítimas de longo alcance.
Em teoria, qualquer ave poderia virar um biodrone — desde que passe pelo implante cerebral.



