Depois de quase três décadas sendo o rosto mais conhecido da TV brasileira, William Bonner anunciou ao vivo, na segunda-feira (1º/9), que vai deixar a bancada do Jornal Nacional. O jornalista, que também é editor-chefe do telejornal há 26 anos, emocionou o público ao explicar os motivos da decisão.
Bonner contou que a escolha foi pensada junto à emissora e tem a ver com um desejo pessoal: passar mais tempo com os filhos, que moram no exterior. “Eu sentia que os meus dias só comportavam as coisas que eu precisava fazer, mas ficavam de fora as coisas que eu gostaria de fazer. A conta não estava fechando”, disse durante o JN.
Novo rumo: Globo Repórter em 2026
Apesar da despedida, Bonner não vai sair totalmente da telinha. Ele já tem destino certo: vai comandar o Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg a partir de 2026. “De todos os programas do jornalismo que já existiam na Globo quando eu cheguei, o Globo Repórter é o único em que eu nunca trabalhei. Agora, vou formar dupla com a Sandra, que é minha amiga desde os anos 80”, contou.
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Mudanças no JN
Com a saída de Bonner, a Globo confirmou que César Tralli será o novo âncora do Jornal Nacional, dividindo a apresentação com Renata Vasconcellos. Ele também vai assumir a função de editor-executivo do noticiário. Já no bastidor, Cristiana Souza Cruz, atual editora-adjunta, será promovida a editora-chefe.
No Jornal Hoje, quem assume o lugar de Tralli será Roberto Kovalick, e o Hora Um passará a ser apresentado por Tiago Scheuer.
O legado de Bonner
O anúncio aconteceu justamente no dia em que o Jornal Nacional completou 56 anos no ar. Bonner, que se tornou o apresentador mais longevo da história do telejornal — ultrapassando até Cid Moreira —, disse que a decisão foi amadurecida desde a pandemia e que não se trata de aposentadoria.
“Eu só quero mudar de ares”, afirmou em almoço com a imprensa.
