Após mais de seis horas fora do ar, os serviços do Facebook (que também incluem WhatsApp e Instagram) deixaram na mão seus 3,5 bilhões de usuários nesta segunda-feira (4). Na busca por alternativas de comunicação, muitos ficaram à mercê de outros meios, inclusive dos que algumas pessoas já consideram arcaicos para bater papo, como mensagens de texto, e-mail e até telefone.
Mas, apesar do monopólio do norte-americano Mark Zuckerberg, não é necessário abandonar as redes sociais diante de uma pane como essa. Confira abaixo outras oito plataformas que podem funcionar para manter a comunicação e interação com amigos e colegas de trabalho.
1. Telegram
Rival do WhatsApp, o Telegram vem se tornando cada vez mais popular diante de momentos de instabilidade nas redes vizinhas. Nesta segunda-feira, porém, ele também ficou instável após a queda de seu concorrente. Mas funcionou melhor e recebeu milhares de novos usuários que quisessem enviar texto, áudio, imagens, vídeos, documentos, emojis, figurinhas e compartilhar sua localização com outras pessoas.
Famoso por seus grupos, que comportam até 200 mil pessoas, o aplicativo russo tem ferramentas como chamadas de áudio e vídeo, agendamento e edição de mensagens, envio de arquivos de até 1,5 GB e a possibilidade de excluir mensagens sem limite de tempo após o envio.
2. Signal
O Signal tem como bandeira a proteção à privacidade e é inclusive recomendado por Edward Snowden, o ex-analista da CIA que expôs abusos da agência de segurança norte-americana.
Sem anúncios e com criptografia de ponta a ponta, o aplicativo não armazena metadados dos usuários em seu sistema e tampouco mantém o histórico de mensagens em nuvens. A desvantagem disso é que a perda de um telefone, por exemplo, significaria o sumiço de todos os chats. Por outro lado, não há riscos de que as mensagens privadas sejam fornecidas a empresas ou governos.
3. Vero
Também sem anúncios funciona a Vero, rede social em que os usuários podem editar e compartilhar fotos e vídeos, além de recomendar músicas, filmes e vídeos. Apesar da ausência da publicidade, é possível comercializar produtos pelo aplicativo, que cobra uma taxa sobre a venda. Diferentemente do padrão, não há uso de algoritmos e as publicações são apresentadas em ordem cronológica.
4. MeWe
Com a promessa de que os dados dos usuários não ficam armazenados no aplicativo — exceto aqueles oferecidos por eles próprios —, o MeWe surge como uma alternativa mais segura ao Facebook. Com a interface bastante parecida com o azulzinho de Mark Zuckerberg, a plataforma oferece um feed de notícias, uma caixa de bate-papo e um recurso de eventos. Além de criar grupos, cada usuário pode montar seu perfil com uma foto, uma imagem de capa e atualizações de status.
5. Ello
Definida como uma rede social anti-publicitária para criadores, Ello foi criada por e para designers e artistas compartilharem o conteúdo que desejarem sem serem interrompidos por anúncios. Nela, ninguém precisa necessariamente usar seu nome verdadeiro. A plataforma pretende reunir pessoas criativas e formar uma comunidade delas.
6. diaspora*
Também com a bandeira da privacidade e proteção de dados, diaspora* é uma rede social descentralizada, que opera em servidores independentes ao redor do mundo. Os usuários não precisam apresentar sua identidade real e podem escolher em qual servidor criarão seu perfil — ou até hospedar seu próprio servidor. O projeto permite o cruzamento de postagens com outras redes sociais como o Twitter e o Facebook.
7. Hello
Fundada pelo turco Orkut Buyukkokten, Hello é uma rede social que pretende unir pessoas com os mesmos gostos. Quaisquer semelhanças com o nome do programador ou com o objetivo da plataforma não são mera coincidência: o aplicativo é o irmão mais novo do saudoso Orkut, que reunia milhões de comunidades. No Hello, os usuários podem criar e escolher personas baseadas em seus interesses e se conectar com pessoas que compartilhem de suas paixões.
8. VSCO
Enquanto aplicativo de edição de imagem, o VSCO é também uma ótima, porém diferente, rede social. Depois de aplicarem filtros e recursos sobre as fotos, os usuários podem compartilhar o conteúdo em seus perfis, que são todos públicos. Não há preocupação com a quantidade de curtidas ou comentários que um post recebe, uma vez que ambas as ações não são possíveis no aplicativo. A interação entre contas fica restrita às que seguem uma à outra: essas podem enviar mensagens diretas.
*Com supervisão de Larissa Lopes.
Fonte: Revista Galileu