Um brasileiro de número 9 nas costas, brilhando no outro lado do planeta e alcançando o maior título da carreira. A cena lembra Ronaldo Fenômeno na Copa de 2002, mas dessa vez quem fez história foi o surfista Yago Dora, que conquistou o título mundial da Liga Mundial de Surfe (WSL) em Fiji e entrou para o hall dos grandes nomes do esporte.
E não é coincidência: Yago, fã declarado de Ronaldo, escolheu usar o número 9 justamente para carregar esse simbolismo de ser decisivo. Além disso, para coroar o momento, ele até imitou o icônico corte “Cascão”, que o Fenômeno usou na final da Copa do Mundo.
“Esse número representa o cara que resolve nos momentos importantes. Queria isso para mim, queria ser esse atleta que aparece quando mais importa”, disse o paranaense de 29 anos, ainda emocionado com a conquista.
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Brasil no topo das ondas 🌊🇧🇷
Com o título, Yago se tornou o quinto brasileiro campeão mundial de surfe e manteve a hegemonia verde e amarela no circuito. Desde 2014, quando Gabriel Medina abriu a sequência, o Brasil soma oito títulos. Além de Medina (tricampeão), o país já viu Adriano de Souza (2015), Italo Ferreira (2019) e Filipe Toledo (bicampeão em 2022 e 2023) levantarem a taça.
A fórmula brasileira, segundo Yago, é simples, mas exige disciplina:
“Além do talento, a gente trabalha muito mais. O brasileiro tem esse fogo, essa vontade de vencer e de não desistir nunca. Isso faz diferença.”
O título em Fiji
Por liderar a temporada, Yago entrou direto na final do WSL Finals. A nova regra de 2025 dizia que, se o líder vencesse a primeira bateria da decisão, o campeonato acabaria ali. E foi exatamente o que aconteceu: ele derrotou o norte-americano Griffin Colapinto sem precisar de segunda chance.
“É surreal. Trabalhei anos para isso. Fiji é um lugar que sempre me trouxe emoções fortes. Ano passado, saí frustrado. Agora, volto e saio daqui como campeão do mundo. Não podia ser mais especial.”
Surfe, futebol e coração rubro-negro
Na coletiva, o surfista também falou do Athletico-PR, seu time do coração, que tenta voltar para a Série A depois do rebaixamento. Ele comparou a luta do clube com sua própria trajetória.
“Tem hora que o esporte é isso: acreditar mesmo na dificuldade. Se continuar trabalhando, as coisas viram. Eu aprendi isso e acho que o Athletico também pode virar o jogo.
👉 Yago Dora não só levou o Brasil ao topo mais uma vez como mostrou que, no mar ou no campo, a mentalidade vencedora é a mesma: talento, garra e paixão.