A crise entre Estados Unidos e Venezuela teve mais um capítulo tenso. O presidente Donald Trump confirmou que forças norte-americanas apreenderam um petroleiro próximo à costa venezuelana, em uma operação que já mexeu com o mercado global de petróleo e elevou a temperatura na relação entre Washington e Caracas.
Segundo Trump, a embarcação seria “muito grande” e parte de movimentações que ele vem defendendo para pressionar o presidente Nicolás Maduro a deixar o poder. Ao ser questionado sobre o destino do petróleo apreendido, Trump respondeu: “Ficamos com ele, eu acho.”
Operação envolveu FBI, Guarda Costeira e apoio militar
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, publicou no X um vídeo mostrando helicópteros se aproximando de um petroleiro e agentes armados descendo por cordas durante a abordagem. Bondi afirmou que a ação contou com:
- FBI
- Departamento de Segurança Interna
- Guarda Costeira dos EUA
- Apoio das Forças Armadas
O governo norte-americano não divulgou oficialmente o nome da embarcação. Porém, a empresa britânica de risco marítimo Vanguard afirma que o petroleiro apreendido seria o Skipper, já sancionado pelos EUA por transporte de petróleo ligado ao Irã.
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O que se sabe sobre o Skipper
De acordo com dados de satélite analisados pelo TankerTrackers.com, o Skipper teria deixado o porto de Jose, um dos principais da Venezuela, entre os dias 4 e 5 de dezembro:
- Carga: cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo pesado do tipo Merey
- Origem: Estatais venezuelanas ligadas à PDVSA
A apreensão impactou imediatamente o mercado: os preços do petróleo subiram após a notícia.
Maduro evita o assunto, mas pressão aumenta
Mesmo com a repercussão internacional, Maduro participou de um ato militar no dia seguinte sem comentar o episódio.
A apreensão acontece enquanto Trump repete publicamente que não descarta ações militares contra o governo venezuelano — e esse foi o primeiro movimento direto dos EUA contra um petroleiro desde o reforço de tropas na região.
O clima segue tenso e o episódio adiciona ainda mais incerteza às relações já fragilizadas entre os dois países.




