A opositora venezuelana María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2024, voltou a criticar o regime de Nicolás Maduro e afirmou nesta quinta-feira (11) que “a Venezuela já foi invadida” — mas não pelos Estados Unidos.
A declaração foi dada durante uma coletiva em Oslo, na Noruega, ao lado do primeiro-ministro Jonas Gahr Stoere. María Corina viajou ao país para a entrega do Nobel, mas chegou após a cerimônia e foi representada pela filha no palco.
“Temos agentes russos, iranianos e grupos terroristas”
Ao ser questionada sobre a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA, em meio às tensões entre Donald Trump e Maduro, Corina rebateu dizendo que o problema já está dentro do país.
Segundo ela, o território venezuelano abriga:
- agentes russos e iranianos,
- grupos como Hezbollah e Hamas,
- “gorilas” colombianos,
- além de cartéis de drogas e redes de tráfico humano.
A líder oposicionista afirma que esses grupos atuam “em conluio com o regime” e que mais de 60% da população vive sob áreas influenciadas por organizações criminosas.
Para ela, a Venezuela se transformou no “antro do crime das Américas”, sustentado por um sistema de repressão financiado por tráfico de drogas, petróleo no mercado negro, armas e exploração humana.
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“Quando esses fluxos forem cortados e a repressão enfraquecer, acabou. É a única coisa que resta ao regime: violência e terror”, disse.
A volta para casa e o Nobel da Paz
Mais cedo, Corina declarou que pretende levar o Nobel de volta à Venezuela, mas não revelou quando retornará ao país.
A líder da oposição está proibida de sair do território venezuelano e passou o último ano praticamente escondida, fugindo da repressão do governo Maduro. Mesmo assim, conseguiu chegar à Noruega discretamente, fazendo nesta quinta (11) sua primeira aparição pública em 11 meses.
A filha de María Corina recebeu o prêmio em seu nome na quarta-feira (10), em uma cerimônia no Grand Hotel de Oslo.




