A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na terça-feira(29/07) em Roma, na Itália, após quase dois meses foragida da Justiça brasileira. A prisão foi confirmada por fontes da Polícia Federal, que agora trabalha para garantir a extradição da parlamentar, condenada pelo STF a 10 anos de prisão.
Zambelli estava na lista da Interpol desde maio, quando o Supremo Tribunal Federal a condenou por ter contratado o hacker Walter Delgatti para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. O hacker afirmou ter agido a mando da deputada.
Como foi a prisão?
A localização de Zambelli foi repassada à polícia italiana pelo deputado local Angelo Bonelli, que compartilhou nas redes sociais o endereço onde ela estaria hospedada. Segundo a Polícia Federal brasileira, agora ela será submetida ao processo de extradição, de acordo com os tratados entre Brasil e Itália.
O que diz a defesa?
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o advogado Fabio Pagnozzi afirmou que Zambelli não estava foragida e que decidiu se apresentar espontaneamente às autoridades italianas para colaborar com os trâmites legais.
A própria Zambelli disse que não pretende retornar ao Brasil para cumprir pena. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, será aqui na Itália, que é um país justo e democrático. Estou segura de que, analisando todos os processos de cabo a rabo, vão perceber que sou inocente”, declarou.
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Outros processos
Além da condenação por invasão de sistema, Zambelli também responde a outro processo no STF. Ela é ré por ter sacado uma arma de fogo e perseguido um jornalista em São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. O julgamento já tem 6 votos a 0 pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, mas está suspenso após pedido de vista do ministro Nunes Marques.