O brasileiro Hugo Calderano, atual número 3 do ranking mundial, foi impedido de disputar o WTT Grand Smash em Las Vegas por um motivo nada esportivo: burocracia com visto de entrada nos Estados Unidos.
Mesmo com passaporte português, que normalmente permite entrada sem visto nos EUA, Calderano teve sua autorização recusada por um detalhe: ele esteve em Cuba em 2023, para disputar o Pan-Americano e o Pré-Olímpico – dois torneios oficiais organizados pela Federação Internacional de Tênis de Mesa.
Segundo o governo americano, viagens a Cuba após 12 de janeiro de 2021 desqualificam automaticamente o viajante da isenção de visto, a não ser em casos diplomáticos ou militares. Calderano só descobriu a regra quando percebeu que seu pedido de entrada estava travado.
“É frustrante ficar fora de uma das mais importantes competições da temporada por questões que fogem do meu controle”, lamentou o atleta, que recentemente foi vice-campeão mundial.
Mesmo com ajuda da Federação dos EUA e do Comitê Olímpico norte-americano, não foi possível marcar a entrevista consular a tempo. O agendamento emergencial foi aprovado, mas não havia datas disponíveis que garantissem a chegada do atleta antes da estreia do torneio.
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E agora?
O WTT Grand Smash é uma das maiores competições do circuito internacional — equivalente a um Grand Slam no tênis. A ausência de Calderano tira do Brasil um dos favoritos ao título, especialmente após ele vencer o WTT Star Contender em Ljubljana no fim de semana passado.
Essa situação serve de alerta para outros atletas e viajantes que planejam ir aos EUA com passaporte europeu: se esteve em Cuba desde 2021, prepare-se para pedir o visto tradicional com antecedência — mesmo que já tenha entrado no país antes sem problemas.