A Secretaria de Saúde de Maricá segue avançando no processo de captação de órgãos para transplantes, registrando 26 procedimentos realizados nos hospitais municipais Dr. Ernesto Che Guevara e Conde Modesto Leal. O Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, localizado em São José do Imbassaí, foi responsável por 24 dessas captações, impulsionadas pela inauguração de um heliponto em julho de 2024, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), que agiliza o transporte dos órgãos.
Nesta quinta-feira (13), a unidade hospitalar realizou uma captação múltipla de um morador de Bambuí, de 30 anos, incluindo pulmões, coração, rins, fígado, córneas e musculatura esquelética. Os órgãos foram enviados por via aérea para transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo que pacientes na fila de espera tenham uma nova chance de vida.
Desde 2022, Maricá integra o Programa Estadual de Transplantes (PET), possibilitando a identificação de possíveis doadores a partir da suspeita de morte encefálica. Nesse processo, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) acolhe e orienta as famílias sobre a possibilidade de doação.
O secretário de Saúde, Marcelo Velho, destacou a importância do procedimento: “A captação de órgãos é um diferencial na cidade e estamos cada vez mais comprometidos com esse trabalho. Ser doador é sinônimo de salvar vidas, e nossa meta é garantir que mais pessoas possam ser beneficiadas com os transplantes”, afirmou.
A diretora-geral do Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, Ana Paula Silva, reforçou a relevância da doação. “A decisão de doar órgãos ocorre em um momento de dor, mas transforma despedidas em esperança para outras pessoas. Nosso compromisso é realizar esse processo com profissionalismo, acolhimento e ética”, disse.
A captação de órgãos no município tem alcançado resultados expressivos. O Hospital Dr. Ernesto Che Guevara já registrou mais de 130 captações, beneficiando dezenas de pacientes. No Hospital Conde Modesto Leal, no Centro, ocorreram duas captações: em setembro de 2022, foram doadas duas córneas, e em junho de 2023, foram captados fígado, ossos, pele e mais duas córneas.
Como se tornar um doador
Para ser um doador de órgãos, é essencial comunicar esse desejo aos familiares, pois apenas eles podem autorizar a doação após o falecimento. A autorização só pode ser concedida por parentes de até segundo grau. Essa atitude pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas que aguardam por um transplante.