O Prêmio Nobel de Medicina 2025 consagrou três cientistas que ajudaram o mundo a entender melhor como o corpo se protege — e, principalmente, como ele evita se atacar. Os vencedores são os norte-americanos Mary Brunkow, Fred Ramsdell e o japonês Shimon Sakaguchi, reconhecidos por suas pesquisas sobre a chamada tolerância imunológica periférica — um mecanismo que impede o sistema imunológico de entrar em “pane” e atacar o próprio organismo.
De acordo com o Comitê do Nobel, as descobertas dos pesquisadores abriram caminho para novas áreas da medicina e já inspiram tratamentos modernos contra câncer e doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla.
“Eles mostraram como o corpo consegue equilibrar defesa e controle, combatendo ameaças externas sem se destruir por dentro”, explicou Marie Wahren-Herlenius, professora do Instituto Karolinska, responsável pela escolha dos laureados.
🔬 A descoberta que mudou tudo
O trio revelou como certas células do sistema imunológico — conhecidas como células T reguladoras — funcionam como uma espécie de “freio biológico”, mantendo o sistema sob controle.
Essa descoberta, feita ao longo de décadas de pesquisa, foi essencial para entender por que algumas pessoas desenvolvem doenças autoimunes enquanto outras conseguem evitá-las.
A importância é tamanha que, hoje, essas descobertas estão por trás de novas terapias imunológicas e de tratamentos personalizados que já estão salvando vidas.
🧠 Semana Nobel 2025
O prêmio de Medicina abriu oficialmente a semana do Nobel, que vai até o dia 13 de outubro com o anúncio dos vencedores em Física, Química, Literatura, Paz e Economia.
Os prêmios são todos entregues em Estocolmo, na Suécia, com exceção do Nobel da Paz, tradicionalmente concedido em Oslo, na Noruega.
Este ano, o Nobel da Paz promete gerar debates, já que o nome de Donald Trump foi sugerido para a honraria por líderes como Benjamin Netanyahu e representantes do Paquistão, em reconhecimento a supostos esforços diplomáticos.
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🏅 Um legado centenário
Os prêmios Nobel nasceram do testamento do inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que decidiu transformar sua fortuna em um reconhecimento global para pessoas que fizessem algo realmente importante pela humanidade.
Desde 1901, o Nobel se mantém como o maior símbolo mundial de excelência científica, literária e humanitária.
A cerimônia de entrega dos prêmios deste ano acontece no dia 10 de dezembro, aniversário de nascimento de Alfred Nobel — uma tradição que celebra não só as mentes mais brilhantes, mas também o poder transformador da ciência.
