A Polícia Federal (PF) revelou uma investigação que parece saída de filme de espionagem: uma rede de agentes russos usou o Brasil como base por mais de 12 anos para criar identidades falsas e atuar em outros países.
Segundo a PF, os espiões montavam disfarces bem elaborados: tinha um que se passava por dono de joalheria em Brasília, outro como estudante apaixonado por forró em São Paulo e até uma modelo. Tudo para dar credibilidade às suas histórias.
O caso Cherkasov
Um dos nomes mais conhecidos é o de Sergey Vladimirovich Cherkasov, que vivia em São Paulo como “Victor Muller” desde 2010. Ele tentou se infiltrar no Tribunal Penal Internacional, em Haia, usando passaporte brasileiro falso. Foi preso em 2022 e hoje está na Penitenciária Federal de Brasília.
📌 Documentos mostram que Cherkasov recebia cerca de R$ 35 mil de agentes russos no Brasil para se manter.
📌 A PF encontrou indícios de lavagem de dinheiro e espionagem além dos documentos falsos.
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Rede espalhada pela América Latina
As investigações apontam que o Brasil não era o único alvo: Argentina e Venezuela também serviram como bases.
- Um casal russo, com filhos argentinos, chegou até a entrar na Eslovênia (membro da OTAN) se passando por cidadãos locais.
- Há suspeitas de que aviões diplomáticos tenham levado espiões para a Venezuela, possivelmente com passagem pelo Brasil.
Intriga internacional
Agora, o caso virou uma disputa global:
- A Rússia pede a extradição de Cherkasov, alegando que ele seria foragido por tráfico de drogas (a PF duvida da autenticidade desse documento).
- Já os EUA também querem levá-lo, alegando que ele praticou espionagem em solo americano.
O STF vai decidir o destino do espião, enquanto a PF alerta: se ele for extraditado, pode ser que toda a investigação desmorone.
👉 Esse caso conecta espionagem, política internacional e até bastidores da guerra da Rússia na Ucrânia.