A visita de Vladimir Putin à China nesta semana deixou clara uma mensagem para a Europa e a Ucrânia: mesmo isolada do Ocidente, a Rússia tem aliados poderosos. Durante a cúpula em Pequim, Putin esteve lado a lado com líderes como Xi Jinping (China), Narendra Modi (Índia), Masoud Pezeshkian (Irã) e Kim Jong-un (Coreia do Norte).
Mais de três anos após a invasão da Ucrânia, a Rússia ainda depende de apoio financeiro, armas e tecnologia fornecidos por esses países. A reunião e o desfile militar chinês demonstraram visualmente que Moscou mantém parceiros estratégicos, mesmo sob sanções ocidentais.
Interesses pragmáticos
China e Índia mantêm neutralidade oficial na guerra, mas lucram fornecendo energia e tecnologias de uso dual à Rússia. Para eles, apoiar Moscou também significa enfraquecer a influência ocidental e avançar uma agenda multipolar. Já Irã e Coreia do Norte oferecem suporte militar e logístico, em um alinhamento mais transacional.
Siga o Jovem na Mídia nas redes sociais do Instagram e Facebook para não perder nada!
O recado para a Europa
O encontro reforça a percepção de que a ordem internacional pós-Guerra Fria está em mudança. Países europeus precisam repensar sua segurança e capacidades defensivas, como mostrou a Alemanha ao rever sua constituição para aumentar gastos militares e a adesão de Finlândia e Suécia à Otan.
Conclusão
A relação de Putin com Xi, Modi, Irã e Coreia do Norte é funcional, baseada em interesses estratégicos e econômicos, não em amizade. A aliança mostra poder, mas também tem limites claros. Para a Europa, é um alerta: o mundo multipolar está se consolidando, e a Rússia continua sendo uma força relevante no tabuleiro internacional.
