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segunda-feira, dezembro 1, 2025

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Artesã de MS transforma fibra de bananeira em aplique de cabelo e viraliza com inovação sustentável

O que era para ser só mais um dia no quintal virou um negócio inusitado — e revolucionário — em Campo Grande (MS). A cabeleireira e artesã Marilza Eleoterio de Barcelos Silva descobriu, quase sem querer, que a fibra do caule da bananeira podia virar aplique de cabelo biodegradável. Da faca cega ao tronco da bananeira, nasceu uma alternativa sustentável e acessível aos fios sintéticos, capaz de movimentar o setor de beleza e ainda agradar quem busca opções mais naturais.

🌱 Do quintal para a patente: o aplique de fibra de bananeira

O produto atende uma demanda crescente no mercado da beleza e já é patenteado.
Marilza conta que registrou a criação para garantir seus direitos:

“Uma mulher falou que já tinham registrado antes… mas quem tinha registrado era eu mesma”, brinca.

Por ser um produto artesanal, o aplique pode ser vendido normalmente no Brasil como fio para tranças, categoria que não precisa de autorização da Anvisa. Para exportar, porém, a regra muda: é necessária uma autorização específica, e Marilza já iniciou o processo para levar seus produtos ao exterior.

💛 De frustração à inovação: a história por trás da fibra

Tudo começou em 2018, quando Marilza buscava uma alternativa acessível para criar uma peruca para uma amiga com câncer. Ela testou sisal e taboa, mas nada funcionou. Entre idas e vindas — inclusive uma pausa por causa de problemas cardíacos —, ela voltou às pesquisas em 2021.

“Virou terapia. Era o que me motivava a levantar da cama”, lembra.

O estalo veio ao cortar um cacho de banana e perceber que o caule liberava fibras parecidas com cabelo sintético. Depois de vários testes e tentativas com produtos químicos, o resultado ideal só surgiu com um ingrediente secreto do Cerrado — que ela não revela por nada.

🍌 Da planta ao aplique: sustentabilidade que viraliza

Com a patente garantida, as encomendas ganharam o Brasil e já chamaram atenção fora dele:

“Recebi mensagens da Itália e da Angola. Nunca imaginei chegar tão longe”, conta.

O projeto segue o conceito de economia circular: a fibra é fácil de obter, fácil de descartar e tem impacto mínimo no meio ambiente.

🚀 Crescimento, apoio e produção profissionalizada

Com o apoio do Sebrae MS, Marilza recebeu orientação para expandir o negócio e ainda ganhou um prêmio que permitiu comprar máquinas adaptadas para extrair fibras e produzir as mechas. Isso fez a produção crescer radicalmente.

Hoje, com a ajuda do marido e do filho, ela produz cerca de 2 kg de fios por dia, quantidade muito maior que os 100 g que conseguia no início, quando raspava a planta com uma colher.

“Agora consigo 2 kg em seis horas. Antes, era 100 g no dia inteiro”, conta.

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