O Carnaval Maricá 2025 seguiu com muita alegria e reflexão na quinta-feira (27/02), com o bloco “Sou, mas quem não é?”. A Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, se transformou em um espaço de celebração e conscientização, reunindo profissionais e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade. O evento teve como objetivo combater os estigmas sobre os sofrimentos psíquicos, utilizando a folia carnavalesca como ferramenta de inclusão e sensibilização.
Música e reflexão na folia
O público se divertiu com o show da cantora Jô Borges, que interpretou sucessos do samba e da MPB. O bloco é uma parceria entre as secretarias de Saúde e Turismo. Para o subsecretário de Saúde, Juliano Oliveira, o evento traz a importância de integrar o cuidado com a saúde mental ao Carnaval: “O bloco ‘Sou, mas quem não é?’ simboliza a humanização no acolhimento psicossocial e mostra que a saúde mental deve ser discutida em todas as ocasiões”.
Inclusão social e luta antimanicomial
William Peter, técnico do Caps Álcool e outras Drogas (Caps AD), falou sobre a importância do evento na inclusão social dos usuários do Caps e na defesa da luta antimanicomial: “O Carnaval é um momento de festa e reflexão. Este movimento auxilia na integração social e reforça a necessidade de dar visibilidade a essas pessoas na sociedade”.
O bloco trouxe marchinhas tradicionais e canções adaptadas, como o samba “Capsiano”, criado pelos próprios profissionais do Caps. Também foram apresentados adereços feitos nas oficinas realizadas nos Caps 3, destacando a arte como parte do processo terapêutico.
Atenção Psicossocial em Maricá
O município de Maricá possui uma rede qualificada e integrada de serviços de saúde mental, com destaque para as Equipes Multidisciplinares de Atenção Psicossocial (EMAP), que atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF), oferecendo atendimento a pessoas com transtornos mentais moderados. O Caps AD atende pessoas com transtornos causados pelo uso de álcool e outras drogas, enquanto o Capsi oferece suporte para crianças e adolescentes com transtornos graves e persistentes.
Além disso, Maricá conta com os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRD), moradias para pacientes com transtornos mentais que foram desinstitucionalizados após longas internações psiquiátricas.
A cidade segue firme no compromisso com a política antimanicomial, promovendo a inclusão e o respeito às pessoas com transtornos mentais, em uma perspectiva de cuidado humanizado.
Você já participou de algum evento de conscientização sobre saúde mental? Conte-nos como foi sua experiência nos comentários! 💬🎉