🚨 O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou, nesta terça-feira (1º), uma operação que resultou na prisão de 8 policiais militares acusados de fazer segurança privada armada para comerciantes — tudo durante o horário de serviço oficial.
Segundo a denúncia, o esquema rolava entre 2021 e 2024, principalmente em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde os PMs estavam lotados no 39º BPM. A “renda extra” vinha de uma taxa mensal paga por lojistas, que usavam os serviços dos policiais para proteger seus comércios.
👮🏽♂️ Como funcionava o esquema?
Os PMs atuavam como seguranças particulares, armados e fardados, durante o expediente normal. O MPRJ aponta que o grupo criava uma espécie de relação de dependência econômica com os comerciantes, o que fere os princípios da legalidade, moralidade e igualdade de acesso à segurança pública.
Os clientes dos policiais — apelidados de “padrinhos” — incluíam donos de:
- Restaurantes e lanchonetes
- Postos de gasolina
- Mercados e lojas
- Farmácias, clínicas e universidades
- Funerárias, feiras livres e até festas populares
- E até um posto do Detran em Belford Roxo
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⚖️ Prisões e investigações
Foram expedidos 11 mandados de prisão, com 8 já cumpridos até o momento. A operação também incluiu mandados de busca e apreensão em cidades como Nova Iguaçu, Maricá, e nos bairros cariocas da Pavuna e Bento Ribeiro.
Atualmente, os policiais investigados estão distribuídos por diferentes batalhões da PM:
- 39º BPM (Belford Roxo)
- 12º BPM (Niterói)
- 15º BPM (Duque de Caxias)
- 20º BPM (Mesquita)
- BPTur (Policiamento Turístico)
- E até na Prefeitura de Belford Roxo
Eles vão responder por organização criminosa, além de estarem sob investigação da Corregedoria da PM, que acompanha o caso.
⚠️ Bico armado é crime, e não “jeitinho”
A prática de “bico” por policiais militares, principalmente com uso de armamento e farda oficial, é considerada ilegal e pode comprometer a integridade da corporação, além de colocar em risco a população. O MPRJ reforça que segurança pública não pode ser vendida como serviço particular.
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