No dia 8 de março, muita gente lembra de presentear mulheres com flores e mensagens bonitas. Mas essa data vai muito além disso! O Dia Internacional da Mulher marca uma história de luta por igualdade, direitos e respeito.
De onde surgiu essa data?
O 8 de março não foi escolhido ao acaso. No início do século 20, mulheres do mundo todo começaram a se unir para exigir condições dignas de trabalho, direito ao voto e igualdade salarial. Um dos momentos mais marcantes aconteceu em 1908, em Nova York, quando operárias do setor têxtil entraram em greve pedindo melhores condições.
Em 1910, a ativista Clara Zetkin propôs, durante uma conferência na Dinamarca, a criação de um dia dedicado à luta feminina. Poucos anos depois, em 1917, operárias russas protestaram contra a fome e as péssimas condições de trabalho, dando ainda mais força ao movimento. Foi esse ato histórico que ajudou a consolidar o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Imagem: ullstein bild Dtl./ullstein bild via Getty Images
Reconhecimento mundial
Em 1975, a ONU oficializou a data como um marco da luta das mulheres. Desde então, o dia 8 de março passou a ser um momento de reflexão sobre os desafios que ainda existem para alcançar a igualdade de gênero.
Mulheres que marcaram a história no Brasil
A luta pelos direitos das mulheres no Brasil também teve grandes protagonistas. Aqui estão quatro nomes que fizeram a diferença:
Bertha Lutz

Líder do movimento sufragista no Brasil
Graças à sua luta, as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto em 1932. Ela também representou o Brasil na criação da ONU, defendendo a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Maria da Penha

Símbolo da luta contra a violência doméstica
Sobreviveu a duas tentativas de feminicídio pelo marido e transformou sua tragédia em luta. Sua batalha levou à criação da Lei Maria da Penha (2006), uma das legislações mais importantes do mundo no combate à violência contra a mulher.
Dandara dos Palmares

Líder negra e guerreira contra a escravidão
Foi uma das maiores estrategistas do Quilombo dos Palmares, ao lado de Zumbi. Lutou bravamente contra a escravidão e representa a resistência das mulheres negras na história do Brasil.
Nísia Floresta

A primeira feminista do Brasil
Considerada a precursora do feminismo no Brasil, Nísia Floresta escreveu o livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens (1832), defendendo a educação feminina e a igualdade de gênero. Em uma época em que as mulheres eram proibidas de estudar, ela foi uma voz revolucionária e fundou escolas para meninas.
Essas são apenas algumas das muitas mulheres que lutaram (e ainda lutam) por um mundo mais justo e igualitário.
O que ainda precisa mudar?
Apesar dos avanços, a luta continua! Mulheres ainda enfrentam desigualdade salarial, violência de gênero e desafios no mercado de trabalho. Dados da ONU mostram que, em 2023, a cada 10 minutos uma mulher foi assassinada por um parceiro ou familiar. Isso reforça a importância de continuar discutindo e agindo para garantir segurança e igualdade para todas.
E no Brasil?
Diferente de alguns países, como a Rússia, onde a data é feriado, no Brasil o Dia Internacional da Mulher é marcado por eventos, manifestações e campanhas de conscientização.
Mais do que um dia de homenagens, o 8 de março é um lembrete de que ainda há um longo caminho para a igualdade. Que tal usar essa data para valorizar e apoiar a luta das mulheres todos os dias?
E você, o que acha que ainda precisa mudar? Comente e participe dessa conversa!