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quarta-feira, dezembro 3, 2025

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CCJ da Câmara aprova revogação da Lei de Alienação Parental após pressão de movimentos de mulheres

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (3), por 37 votos a 28, o projeto que revoga a Lei de Alienação Parental — legislação criada em 2010 para punir situações em que um dos responsáveis manipula a criança para afastá-la do outro genitor.

Como o PL tramitou em caráter terminativo, ele segue diretamente para o Senado, caso nenhum deputado apresente recurso para que seja votado também no plenário da Câmara.

Por que a lei pode acabar?

A revogação vinha sendo cobrada há anos por movimentos de defesa dos direitos de mulheres e meninas. O principal argumento: a norma estaria sendo usada de forma distorcida para proteger abusadores e punir mães que denunciam violência doméstica ou sexual.

A relatora do PL, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), afirma em seu parecer que, em 12 anos de vigência, a lei não apenas deixou de cumprir seu objetivo original, como passou a “gerar problemas ainda mais graves”.

Segundo ela:

  • A legislação estaria sendo aplicada em retaliação a denúncias de maus-tratos;
  • Pais acusados de violência usam a lei para pedir a guarda ou afastar mães dos filhos;
  • Especialistas da ONU já recomendaram ao Brasil a revogação da norma;
  • O Ministério Público estima que 70% dos casos de “alienação parental” registrados envolvem pais denunciados por violência contra a mãe ou contra a criança.

A relatora citou ainda o caso de um menino de oito anos que tentou suicídio após sucessivos abusos do pai. A mãe, segundo ela, teve sua denúncia deslegitimada por causa de uma ação de alienação parental movida contra ela.

Debate quente na CCJ

A sessão foi marcada por tensão e durou mais de três horas. Deputados da oposição e do PL tentaram barrar a revogação, afirmando que a lei ainda teria função protetiva.

“A solução não é revogar. É reformular e corrigir. A lei protege crianças e genitores, independentemente de gênero”, argumentou um parlamentar da oposição.

Mesmo assim, a maioria da CCJ entendeu que a legislação atual causa mais danos do que benefícios e votou por sua eliminação.

O que acontece agora?

  • O texto segue para o Senado, onde será analisado;
  • Caso seja aprovado lá também, a Lei de Alienação Parental deixará de existir no Brasil;
  • Se algum deputado apresentar recurso, o projeto volta para votação no plenário da Câmara.
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