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sexta-feira, dezembro 12, 2025

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Cientistas revelam técnica “perdida” que explica a força do concreto romano — e a descoberta aconteceu em Pompeia

Um achado arqueológico digno de filme: pesquisadores encontraram, em Pompeia, um canteiro de obras perfeitamente “congelado no tempo” pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. E esse cenário intacto acabou revelando segredos milenares sobre o famoso concreto romano — aquele mesmo capaz de manter de pé estruturas como o Panteão, o Coliseu e portos que resistiram por dois mil anos.

🧱 O que os cientistas descobriram?

Ao explorar cômodos que estavam sendo construídos na época da erupção, a equipe encontrou paredes inacabadas, pilhas de material pré-misturado e ferramentas de medição prontas para o uso. Tudo isso permitiu desvendar, pela primeira vez, o processo real usado pelos romanos para preparar seu concreto lendário.

Admir Masic, pesquisador do MIT e líder do estudo publicado na Nature Communications, descreveu a sensação como uma viagem no tempo:
“Parecia que eu estava ao lado dos trabalhadores enquanto eles misturavam e aplicavam o concreto.”

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🔥 A técnica secreta: a “mistura quente”

O estudo revelou que os romanos utilizavam um método chamado hot mixing (“mistura quente”), que envolve:

  • Cal viva (calcário aquecido)
  • Mistura de rochas e cinzas vulcânicas
  • Água colocada diretamente sobre a cal, gerando uma reação que aquece a massa
  • Uma cura acelerada e mais resistente ao desgaste

Isso contradiz o método descrito por Vitrúvio cerca de um século antes, sugerindo que a tecnologia romana evoluiu rapidamente — assim como nossos celulares do disco rotativo aos smartphones.

🩹 Concreto que se cura sozinho

Essa técnica explica um dos maiores mistérios: por que o concreto romano “se regenera”. A presença de fragmentos de cal cria bolsões que podem:

  • se dissolver com a água que infiltra nas rachaduras
  • recristalizar e preencher o espaço danificado

Ou seja, o concreto se cura sozinho, algo que o cimento moderno geralmente não faz.

🏛️ Pompeia virou um laboratório único

Por não ter passado por restaurações, reformas ou ação do clima por séculos, o local preservou:

  • técnicas de obra
  • materiais originais
  • processos interrompidos no exato momento da erupção

O prédio analisado combinava áreas residenciais com uma padaria completa — fornos, tanques de lavar grãos, armazenamento — mostrando a vida e o trabalho romano “congelados” no instante do desastre.

🌍 Por que isso importa hoje?

A descoberta pode ajudar engenheiros modernos a desenvolver:

  • concretos mais duráveis
  • materiais mais sustentáveis
  • infraestruturas mais baratas de manter
  • tecnologias com menor impacto ambiental

Segundo Masic, não é uma substituição direta, mas os princípios revelados podem guiar a criação do “concreto do futuro”.

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