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quinta-feira, dezembro 11, 2025

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Violência e censura já atingem quase todos os professores do Brasil, mostra pesquisa da UFF

Um retrato preocupante da educação brasileira acabou de ser divulgado: nove em cada dez professores do país já sofreram ou testemunharam episódios de violência, perseguição ou censura dentro do ambiente escolar.
O dado faz parte de uma pesquisa inédita do Observatório Nacional da Violência Contra Educadores (ONVE), da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Ministério da Educação.

O estudo ouviu mais de 3 mil profissionais da educação básica e superior, tanto das redes públicas quanto privadas, e revela que a violência não se limita a ataques físicos — o que mais cresceu nos últimos anos foi a tentativa de controlar o que os professores podem ensinar.

Censura virou rotina

Segundo a pesquisa, mais da metade dos educadores relatou ter sido alvo direto de intimidação, questionamentos agressivos ou proibição explícita de abordar determinados temas em sala de aula.
Entre os assuntos mais “barrados” aparecem:

  • política
  • gênero e sexualidade
  • religião
  • ciência (como evolução e vacinação)

Para muitos professores, esses episódios não são isolados. Quase metade disse viver sob vigilância constante, o que afeta a forma como ensinam e até o próprio clima escolar.

A violência vem de dentro e de fora da escola

Um dos pontos mais graves revelados pelo estudo é que a perseguição não parte apenas de grupos externos.
Diretores, coordenadores, colegas de trabalho, familiares de alunos e até estudantes aparecem como principais agentes de censura.

Em alguns casos, isso levou a demissões, suspensões, transferências forçadas e afastamentos. Para muitos profissionais, o impacto emocional também é enorme: insegurança, medo e abandono da carreira foram respostas frequentes.

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Um problema que cresce em anos de tensão política

O levantamento também identificou que os picos de violência contra educadores ocorreram em períodos politicamente tensos, como 2016, 2018 e 2022, acompanhando o acirramento do debate público no país.

A combinação de polarização, desinformação e discursos de ódio abriu espaço para o que especialistas chamam de “pânico moral”, que transformou professores em alvos de disputas ideológicas.

Educação ameaçada

Para os pesquisadores, não é só a vida dos professores que está em risco — é a própria liberdade de ensinar e aprender.
Quando um educador deixa de trabalhar determinado tema por medo, toda a formação do estudante fica comprometida.

O ONVE defende a criação de uma política nacional de proteção aos educadores, especialmente em anos eleitorais, quando as tensões tendem a aumentar.
O MEC já estuda medidas para reforçar essa proteção e combater os casos de perseguição.

Quer continuar vendo esse tipo de pauta sobre educação, democracia e direitos? Compartilhe a matéria e ajuda a levar o debate pra mais gente!

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