A polícia apreendeu nesta segunda-feira (30), no Mato Grosso, a namorada do adolescente de 14 anos que assassinou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no Noroeste do Rio. A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Augusto da Silva, da 143ª DP.
O menino matou a família e jogou os corpos dentro da cisterna da casa onde moravam. Agora, tanto ele quanto a garota de 15 anos vão responder por triplo homicídio e ocultação de cadáver.
Relação começou em jogo online
De acordo com o depoimento do jovem, ele e a namorada se conhecem desde os 8 anos, quando começaram a conversar em um jogo online. Seis anos depois, ela teria dado um “ultimato” para ele ir visitá-la, mas os pais proibiram a viagem. Esse foi o estopim, segundo ele.
Ainda não está claro qual foi o nível de envolvimento da adolescente nos assassinatos.
Dinheiro no radar
Durante a investigação, a polícia descobriu que o pai do garoto tinha R$ 33 mil a receber do FGTS. O adolescente pesquisou na internet como conseguir esse dinheiro de uma pessoa falecida, o que levantou mais suspeitas sobre motivações financeiras no crime.
Como os corpos foram encontrados
A família estava desaparecida desde o sábado (21). Foi a avó do adolescente quem o levou até a delegacia para registrar o desaparecimento dos pais e do irmão.
Durante a perícia na casa da família, os policiais encontraram manchas de sangue, roupas sujas e parcialmente queimadas, além de um forte odor vindo da cisterna, onde estavam os corpos.
Frieza no depoimento
O adolescente confessou o crime e chocou os investigadores ao afirmar que “não se arrepende” e que “faria tudo de novo”.
Segundo ele, bebeu um suplemento pré-treino para se manter acordado, esperou todos dormirem, pegou a arma do pai e atirou nas vítimas. Depois, arrastou os corpos para a cisterna.
E agora?
O caso segue em investigação para entender o papel da adolescente em tudo isso. A polícia vai analisar mensagens, chamadas e outros dados dos dois para definir a responsabilidade de cada um.
⚠️ Um crime que choca e abre o alerta para os riscos da radicalização digital, violência juvenil e saúde mental.